Mads Pedersen voltou a mostrar a sua classe na
Volta a Itália 2025 com uma vitória imponente na 13.ª etapa, impondo-se num final explosivo em Monte Berico diante de
Wout van Aert e
Isaac del Toro. Foi a quarta vitória do dinamarquês nesta edição da Corsa Rosa e um triunfo que confirma o seu estatuto como um dos finalizadores mais versáteis e consistentes do pelotão mundial.
O dia começou com uma fuga composta por nove homens: Luca Mozzato (Arkéa - B&B Hotels), Fran Miholjević (Bahrain - Victorious), Dries De Bondt (Decathlon AG2R La Mondiale), Sven Erik Bystrøm e Lorenzo Germani (Groupama - FDJ), Lorenzo Milesi (Movistar), Chris Hamilton (Team Picnic PostNL), Mattia Bais (Team Polti-Kometa) e Filippo Magli (VF Group - Bardiani CSF - Faizanè). No entanto, a ameaça de nomes como Pedersen, Van Aert e Tom Pidcock levou várias equipas a colaborar na perseguição, mantendo a fuga sob controlo.
A cerca de 50 quilómetros do final, em San Giovanni in Monte, a fuga foi neutralizada e a corrida entrou num novo capítulo com a INEOS Grenadiers a aumentar o ritmo. O grupo da geral fragmentou-se temporariamente, com Juan Ayuso, Tiberi e os irmaõs Yates a mostrarem alguma debilidade, mas recuperariam mais tarde, aproveitando o reagrupamento que se seguiu.
Lá na frente, Germani e Christian Scaroni destacaram-se temporariamente, com o italiano da Astana a ser claramente o mais forte da dupla. Conquistou os seis segundos de bonificação no sprint intermédio Red Bull, antes de ser alcançado pouco depois. Atrás, Ayuso e Del Toro também lutaram pelos bónus, com o primeiro a garantir 4 segundos e o líder da geral a somar mais 2.
Na fase final da etapa, Romain Bardet e Mathias Vacek tentaram surpreender com um ataque conjunto na última volta ao circuito de chegada, mas a margem de 10 segundos que conseguiram não foi suficiente. No embalo final, a luta ficou entregue aos puncheurs e sprinters mais resistentes, com Pedersen a lançar um sprint demolidor que nem Van Aert conseguiu contrariar. Foram mais de 200 metros de sprint em subida, incrível! Del Toro fechou em terceiro, mostrando uma vez mais consistência nos finais explosivos e reforçando o seu estatuto de camisola rosa. O restante grupo cedeu 3 segundos para o mexicano, que alarga assim a sua margem para o colega Juan Ayuso, são agora 38 segundos.
Notas da etapa:
- Del Toro reforça a liderança com mais 2 segundos de bonificação e 3 na estrada e mantém-se sólido na frente da geral.
- Ayuso mostrou capacidade de resposta, mas as suas limitações físicas continuam visíveis.
- Roglic geriu o dia com discrição, sem perdas ou ganhos relevantes.
- A Lidl-Trek volta a estar em evidência com uma performance coletiva de alto nível.
Com o Giro a aproximar-se das montanhas decisivas da terceira semana, a vitória de Pedersen é um excelente prenúncio da profundidade e ambição da equipa americana. Para os homens da geral, os próximos dias serão cruciais - as diferenças ainda são curtas, mas a estrada vai finalmente inclinar a sério.