Marc Hirschi à procura de virar a página na Tudor depois da saída da Emirates: "Sinto-me novamente em boa forma"

Ciclismo
terça-feira, 10 junho 2025 a 2:00
hirschi
A Tudor Pro Cycling investiu forte no mercado de transferências ao garantir Julian Alaphilippe e Marc Hirschi como líderes para 2025. No entanto, a aposta ainda não se traduziu em grandes resultados. Até ao momento, os dois ciclistas somam apenas uma vitória: um triunfo de Hirschi no início da temporada, na Volta à Comunidade Valenciana, em janeiro.
Desde então, o suíço tem tentado reencontrar o caminho das vitórias, mas mantém a confiança. “Sinto-me novamente em boa forma e estou pronto para disputar etapas”, declarou ao Blick, com os olhos postos na Volta a França. Antes, Hirschi vai alinhar na Volta à Suíça, onde, na ausência dos grandes nomes do pelotão, poderá ganhar ritmo competitivo e confiança antes da Grand Boucle.
Apesar da aposta firme em Hirschi, a Tudor não coloca toda a pressão nos ombros do suíço. A outra carta forte é Julian Alaphilippe, reforço sonante que procura redescobrir a consistência de outros tempos. “Ter dois líderes abre o leque de opções. Estou convencido de que o Marc e o Julian se vão apoiar mutuamente. O mais importante será perceber quem está melhor no dia decisivo”, afirmou Raphael Meyer, diretor executivo da estrutura helvética.
Julian Alaphilippe e Marc Hirschi
Julian Alaphilippe e Marc Hirschi
Em teoria, Alaphilippe e Hirschi apresentam perfis semelhantes: ciclistas ofensivos, explosivos e com um faro apurado para triunfar em etapas de média montanha ou terrenos acidentados. São, acima de tudo, autênticos caçadores de etapas. Mas fora da bicicleta, os estilos contrastam de forma evidente.
“Somos de naturezas diferentes, claro. Mas isso é bom. O Julian sabe liderar um grupo e traz sempre boa energia. Tenho muito respeito por ele”, reconheceu Hirschi, descrevendo uma convivência equilibrada, apesar da diferença de perfis.
Essa diferença também se reflete fora das estradas, nomeadamente nas redes sociais. Alaphilippe é notoriamente mais presente e ativo, especialmente no Instagram, onde a sua base de fãs é muito superior à do colega suíço. Hirschi, por outro lado, é discreto nesse campo. “Não é algo de que goste particularmente”, admite. “Não tenho essa obrigação com patrocinadores pessoais, como acontece com alguns. É um trabalho adicional. Sinto-me bem por poder viver do ciclismo e por não ser obrigado a expor tudo.”
Com dois ciclistas talentosos, mas em fases distintas da carreira, a Tudor enfrenta o desafio de construir uma dinâmica sólida entre ambos. A Volta à Suíça será um bom barómetro, mas é na Volta a França que a equipa espera colher os frutos do seu ambicioso projeto. Resta saber se o perfil mais combativo de Alaphilippe ou a consistência silenciosa de Hirschi trará o sucesso tão esperado.
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