Com más condições climatéricas, algumas subidas e 240 quilómetros de distância, a 3ª etapa do
Tirreno-Adriatico foi talvez o dia que melhor se enquadrou na preparação para as clássicas da primavera.
Mathieu van der Poel, da
Alpecin-Deceuninck, partiu em busca de uma vitória na etapa e teve um desempenho muito forte, fechando inclusive espaços, mas no final não conseguiu lutar pela vitória e ficou de mãos vazias e encharcado.
"Ontem foi um dia terrível. Senti-me bem, mas a subida não foi suficientemente dura para criar grandes diferenças", disse van der Poel numa entrevista ao Het Laatste Nieuws.
O neerlandês, como muitos, não estava contente por chegar à meta em Colfiorito sem um resultado após 6:30 horas de bicicleta. Foi um final complicado, com uma longa subida que tinha duas secções distintas e, na segunda, a ação começou cedo, com uma luta entre os homens da classificação geral e os "puncheurs". A EF esteve particularmente ativa, com Ben Healy e Richard Carapaz a tentarem fazer a diferença, mas van der Poel esteve atento ao perigo e respondeu sempre prontamente.
Depois de o equatoriano ter atacado com um ciclista do Groupama, foi o próprio van der Poel que atacou o pelotão para chegar ao duo da frente, o que demonstra a sua atual forma numa subida com inclinações semelhantes às da Cipressa, que irá percorrer no espaço de uma semana e meia.
No final,
Filippo Ganna atacou e, receando uma vitória a solo, foi o próprio van der Poel que voltou a atacar para fazer a ponte com o italiano. Seria uma energia desperdiçada, pois queimou as suas hipóteses num sprint. Mas também encontrou algum azar. "No final, queria fazer um sprint, mas fiquei encurralado a 150 ou 200 metros do fim. Por isso, tive de interromper o meu sprint por um momento. É uma pena, mas é assim que acontece numa corrida", concluiu.