Matteo Jorgenson falha as medalhas na corrida de fundo dos Jogos Olímpicos de Paris: "Fui taticamente ultrapassado"

Ciclismo
domingo, 04 agosto 2024 a 16:04
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A esperança de medalha para os Estados Unidos da América na corrida de fundo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, as coisas pareceram boas para Matteo Jorgenson durante muito tempo na tarde de sábado. No final, porém, o atleta de 25 anos teve de se contentar com um 9º lugar, enquanto Remco Evenepoel garantiu a medalha de ouro.
"Tentei dar o meu melhor para ganhar a medalha e não aconteceu. Tive uma luta muito boa. Coloquei-me em posição de vencer a corrida, mas, no final, fui taticamente ultrapassado", disse Jorgenson num comunicado da USA Cycling. "Havia equipas como a França, a Bélgica e os Países Baixos com mais números e eu estive nas movimentações certas, mas acho que nenhum de nós trabalhou bem em conjunto. No final, gastei muita energia em sítios onde não era necessário e depois fui atacado por cima".
"O Wout van Aert estava num grupo com o Mathieu Van der Poel e eu, e depois o Remco Evenepoel atacou por cima de nós. Por isso, no final, era isto que eles deviam fazer. Eles tinham mais números no final e jogaram na perfeição", continua a reflexão da estrela da Team Visma | Lease a Bike. "Tínhamos o Christophe Laporte sentado, basicamente não trabalhava connosco porque tinha um colega de equipa na frente com o Valentin Madouas, por isso isto destruiu, arruinou a nossa dinâmica de grupo. E os rapazes não quiseram trabalhar tanto porque sabiam que iam manter o Christophe no sprint. Tudo faz sentido, mas foi difícil do ponto de vista tático e não há mais nada que eu possa fazer".
Laporte, que estava no grupo de Jorgenson, levou a medalha de bronze
Laporte, que estava no grupo de Jorgenson, levou a medalha de bronze
Como já foi referido, Jorgenson acabou por perder as medalhas, terminando em 9º lugar. "A certa altura, estava apenas a tentar manter-me na luta por uma medalha e a tentar evitar que os grupos atrás de mim voltassem", recorda. No entanto, não deixa de ser uma conquista para Jorgenson, que parece ter gostado muito da experiência.
"Todo o país da Bélgica, todo o país da França - parecia que estava lá fora. Era uma parede, um túnel de ruído durante seis horas e meia. Não conseguia ouvir mais nada. Tudo o que ouvia eram os espetadores", conclui Jorgenson com uma pequena gargalhada. "Penso que fizeram um bom trabalho com o percurso, encontraram todas as pequenas subidas à volta de Paris e o circuito final também era bonito. Quando a Volta a França termina nos Campos Elísios, em Paris, fazemos circuitos no centro da cidade exatamente como este. É bastante comparável. Eu diria que a Volta à Flandres é bastante semelhante, com tanta gente na estrada. As subidas foram muito fixes e havia muita gente, por isso gostei muito do dia.

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