Matteo Jorgenson ri-se da desilusão na Volta à Flandres: "Tive um duplo furo… nas pernas. É preciso verificar o liquido selante"

Ciclismo
terça-feira, 08 abril 2025 a 9:26
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A Team Visma | Lease a Bike apresentou uma das atuações coletivas mais sólidas na Volta à Flandres 2025, recuperando parte da confiança perdida após o desaire na Dwars door Vlaanderen. Apesar de Wout van Aert ter falhado o pódio por escassos segundos, cruzando a meta em quarto lugar, a performance da equipa foi marcada pela coesão táctica e entrega total ao longo dos 270 quilómetros.

Matteo Jorgenson e Tiesj Benoot foram fundamentais na estratégia ofensiva da Visma, com o americano a mostrar-se entre os melhores até aos últimos quilómetros. Após a corrida, Jorgenson brincou com a quebra sofrida na parte final, durante um momento captado pelas câmaras da equipa:

“Tive um duplo furo… nas pernas. É preciso verificar o liquido selante”, ironizou, esgotado, ao lado de Grischa Niermann, diretor desportivo da equipa.

Ao Cyclingnews, foi mais direto “Estou muito, muito vazio. Dei tudo o que tinha para seguir os melhores e, nos últimos 10 quilómetros, simplesmente desliguei. Já não tinha mais nada nas pernas.”

Questionado sobre se a quebra se devia a um erro de alimentação, respondeu com sinceridade:

“Não foi um problema de nutrição. Foi um problema de isto ser um Monumento. Dei demais demasiado cedo. Mas estou feliz com a forma como trabalhámos. Como equipa, fizemos uma excelente corrida.”

Benoot, sempre eficaz neste tipo de terreno, também se destacou com um movimento antecipado que levou um grupo forte para a frente da corrida nas subidas intermédias:

“Foi ideal estar na frente tão cedo. Tínhamos planeado mexer a corrida em alguns pontos, mas acabei por me destacar naturalmente, com nomes como Ganna, Trentin e Ballerini por perto. Isso criou um bom grupo e manteve-nos bem colocados.”

O belga terminou em sexto lugar, garantindo assim dois corredores da Visma no Top-10 da clássica flamenga, numa resposta sólida ás críticas depois do erro estratégico em Waregem.

“Quatro e seis é um bom resultado. Claro que o pódio para o Wout teria sido fantástico, mas o mais importante é que nos mostrámos ao mais alto nível. Fizemos a corrida difícil para todos e mesmo assim o Pogacar foi simplesmente melhor. Isso é a beleza da Flandres: venceu o mais forte.”

Van Aert, por sua vez, mostrou progressos em relação ao início da sua primavera e confirmou que está a subir de forma, faltando apenas o clique final para lutar pela vitória, como referiu Benoot:

“É claro que o Wout percorreu um longo caminho desde o ano passado. Com os recursos que tínhamos e com a corrida que fizemos, este foi o melhor resultado possível hoje.”

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