Max Poole deixa a Picnic PostNL descalça na Volta a Espanha, devido a uma infeção com o vírus Epstein-Barr

A Team Picnic PostNL precisa urgentemente de pontos UCI para garantir a permanência no WorldTour, mas a próxima Volta a Espanha pode revelar-se um período muito complicado para a equipa. Com Romain Bardet já retirado, Fabio Jakobsen longe da melhor forma e Oscar Onley, Tobias Lund Andresen e Pavel Bittner ausentes desta corrida, a responsabilidade de liderar na última Grande Volta da época recaía sobre Max Poole. No entanto, o jovem britânico foi agora afastado devido a problemas de saúde.

Poole, 7º classificado na Volta aos Alpes e 11º na Volta a Itália, onde terminou em grande crescendo e mostrou-se lado a lado com os melhores em várias etapas, era visto como a grande esperança da Team Picnic PostNL para um resultado sólido na montanha da Vuelta. Mas esta quarta-feira a equipa anunciou que o ciclista sofre do vírus Epstein-Barr.

"Foram umas semanas difíceis a tentar perceber qual era a situação e agradeço o apoio que a equipa me deu durante este período", afirmou Poole em comunicado. "Estou bastante aliviado por compreender agora a raiz do problema, pois isso significa que posso começar a concentrar-me na recuperação e em pôr a minha saúde no bom caminho. Estou muito desiludido por não poder dar o meu contributo à equipa na Vuelta e desejo-lhes a melhor das sortes".

A ausência de Poole representa um duro golpe para o conjunto neerlandês, que ainda não oficializou o alinhamento para a Volta a Espanha. Sem o britânico, não há uma referência clara para a classificação geral. Casper van Uden poderá assumir algum protagonismo, mas com poucas etapas ao sprint, também o neerlandês terá oportunidades limitadas.

"O Max não saiu da altitude com as sensações que esperávamos e, quando continuou a piorar durante a Polónia, retirámo-lo da corrida por razões médicas para realizarmos investigações minuciosas", explicou o diretor desportivo Rudi Kemna. "Agora que sabemos a extensão total da sua doença, o nosso foco é simplesmente cuidar dele e dar-lhe o tempo e o apoio de que necessita para recuperar totalmente".

O médico-chefe da equipa, Camiel Aldershof, detalhou o processo clínico. "Temos estado a analisar as possíveis razões para os problemas de saúde do Max nas últimas semanas e hoje confirmámos que ele tem o vírus Epstein-Barr com febre glandular. Infelizmente, isto significa que ele vai precisar de um período de repouso mais longo enquanto trabalhamos para o recuperar. Agora que sabemos o que está por detrás dos seus sintomas, podemos começar a avançar na direção certa com a sua recuperação".