O futuro de
Maxim van Gils é neste momento uma incógnita. Não se sabe para onde o jovem de 24 anos irá em 2025 e se terá problemas devido à forma como saiu da
Lotto Dstny. Decidida unilateralmente, a rescisão do contrato chegou num momento difícil e há fortes indícios de que uma certa equipa do World Tour está a puxar os cordelinhos para o garantir já.
Na semana passada, o Het Laatste Nieuws noticiou inicialmente que van Gils iria terminar o seu contrato com a Lotto Dstny, e o mesmo jornal belga noticiou hoje que a
Astana Qazaqstan Team está cada vez mais perto de o contratar. Com a chegada de um novo patrocinador chinês, a equipa deverá ser uma das poucas que ainda tem orçamento disponível até novembro, e precisa urgentemente de pontos UCI, uma vez que enfrenta uma despromoção quase certa. Após a contratação de vários ciclistas de clássicas, van Gils encaixaria perfeitamente no plano da equipa e, simultaneamente, continuaria a ter a mesma liderança que teve na equipa em que se tornou profissional.
Diz-se que a Astana e, sem surpresa, a
Red Bull - BORA - hansgrohe estão na luta pela contratação de van Gils, sendo as duas equipas as que têm patrocinadores dispostos a aumentar o orçamento se for para uma grande contratação neste preciso momento.
"As discussões com a Lotto estão a correr bem. Não estamos zangados, isso já é bom", disse van Gils numa
entrevista na semana passada. "A decisão tem de ser tomada muito rapidamente. De preferência no final de novembro, início de dezembro. É importante, tanto para a Lotto como para mim, que isto termine rapidamente. Tenho muita confiança nisso. Tudo está a ser bem organizado para mim".
No entanto, a rutura súbita de um contrato meses após a sua renovação não é um bom presságio para muitos dos intervenientes no desporto, que vêem a confiança nos agentes diminuir e a importância dos contratos também. Michel Wuyts, da Bélgica, não hesitou em lançar palavras duras sobre os mecanismos desta mudança: "Com o sorriso largo do empresário Carrera (Alex Carrera, o seu agente) como pano de fundo,
esta transferência tresanda a oportunismo".
Marc Madiot, diretor da Groupama - FDJ, também expressou muita preocupação: "Ponho-me no lugar deles: estão lá há décadas e investiram dinheiro, conseguiram descobrir um bom ciclista em Maxim Van Gils e, de um dia para o outro, por uma razão x ou y, ele quer sair. Esta atitude põe em risco tudo o que a Lotto representa no ciclismo belga. Hoje é a Lotto, mas amanhã pode ser a Quick-Step ou outra equipa qualquer".