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Volta a Espanha 2025 chega este sábado ao seu momento mais decisivo, com a penúltima etapa a apresentar cinco ascensões categorizadas antes do terrível final no topo da Bola del Mundo (12,4 km a 8,6%).
Jonas Vingegaard parte com a camisola vermelha sob a pressão de
João Almeida, consciente de que esta é a última oportunidade para destronar o dinamarquês. Ao mesmo tempo,
Tom Pidcock inicia o dia em terceiro lugar da geral, a caminho do seu primeiro pódio numa grande volta, mas terá de resistir ao assalto de Jai Hindley e Giulio Pellizzari, dupla da Red Bull - BORA - Hansgrohe, que mantém viva a esperança de subir ao pódio.
Antes do confronto decisivo, os principais candidatos deixaram as suas impressões.
Jonas Vingegaard: "O meu principal objetivo é defender"
Com 44 segundos de vantagem sobre Almeida, Vingegaard parece disposto a gerir a diferença em vez de atacar. O dinamarquês e a Team Visma | Lease a Bike sabem que a prioridade será controlar e proteger a liderança.
João Almeida irá somar a 2ª vitória ou Vingegaard a 3ª?
"Claro que o meu principal objetivo é defender-me. Se a vitória da etapa estiver ao meu alcance, também a tentarei, mas, para começar, o que importa hoje é defender-me", afirmou à TV2 na partida. "Vamos tentar defender-nos e pedalar com um pouco mais de cautela".
João Almeida: "Não creio que a Vuelta se vá decidir por quatro segundos"
Grande parte da discussão nesta edição centrou-se na forma como a Emirates tem gerido o apoio ao português, especialmente após a 19ª etapa, onde um deslize coletivo permitiu a Vingegaard somar quatro segundos de bonificação sem oposição. Almeida, no entanto, preferiu relativizar o episódio.
"É um grande dia. Espero que estejamos bem e que possamos tentar lutar. 44 segundos não é muito, para ser honesto. Acho que está tudo em aberto e temos de dar o nosso melhor", declarou à TNT Sports. "Fizemos asneira ontem por causa da posição, mas eu não me estava a sentir bem, por isso acho que não podia ter ganho aqueles quatro segundos. Não acho que a Vuelta vá ser decidida por quatro segundos. Se for, vou arrepender-me, mas não creio que seja o caso. Hoje temos um último dia para tentar fazer alguma coisa".
Tom Pidcock: "Há mais em jogo do que o pódio"
O britânico parte em posição de garantir o pódio, mas mantém viva a ambição de algo maior. Confiante, Pidcock acredita que o desfecho da corrida ainda pode reservar surpresas.
"Estou muito bem. É sem dúvida um novo stress, mas sinto-me bem", disse à TNT Sports. "É definitivamente mais fácil estar numa situação de defesa do que de ataque. Há mais em jogo do que o pódio, mas essa é a prioridade. É uma grande diferença em relação ao Jonas, mas nunca se deve dizer nunca".