"Não é, de todo, impossível" - Sean Kelly defende que o regresso de Mark Cavendish pode inspirar outros sprinters

Mark Cavendish é um ciclista que teve sucesso ao longo de várias gerações. Ao longo da sua carreira, viu ciclistas tornarem-se profissionais e reformarem-se, mas apesar de todo este tempo no pelotão, continua a ter pernas para vencer. Tendo vencido ao mais alto nível desde 2007, a resistência mental de Mark Cavendish deve servir de grande inspiração para outros sprinters, defende Sean Kelly.

"Quando olhamos para sprinters como Cavendish, ele passou por maus momentos e teve uma quantidade incrível de vitórias em etapas numa idade mais avançada. Para ciclistas como [Sam] Bennett e [Caleb] Ewan, é possível passar por um período de baixa de alguns anos e depois voltar ao nível superior. Não é, de todo, impossível de conseguir", afirmou Kelly numa entrevista à GCN.

Presente no Rouleur Live esta semana, tal como algumas das grandes figuras do ciclismo - tanto dentro como fora da bicicleta - Kelly partilhou ideias sobre a Volta à França, mas também sobre o Manxman, que teve uma carreira um pouco em modo montanha-russa nos últimos anos, mas que regressou ao mais alto nível mais uma vez com uma vitória no último dia da Volta à Itália. Desde então, adiou a sua anunciada reforma, depois de ter abandonado prematuramente a Volta à França.

Relativamente ao compatriota Sam Bennett, Kelly preocupa-se com a possível falta de um comboio para 2024. "Bem, isso vai ser um problema. É complicado, mas se ele voltar ao nível que tinha na QuickStep, não vai conseguir ganhar tantas corridas, mas se conseguir chegar a esse nível, pode ganhar algumas", diz. Bennett tem estado ligado à AG2R Citroën Team, mas, de momento, não foi anunciado oficialmente qualquer contrato. "Se ele conseguir ganhar uma ou duas etapas no Tour, e mais algumas corridas, será novamente uma época brilhante."

Para a lenda Irlandesa, a melhor figura dos sprints deste ano foi, sem dúvida, Jasper Philipsen. "Este ano vimos que ele é o melhor, não só nos sprints, mas também noutras corridas, como as Clássicas. A forma como Philipsen correu na Bélgica e em França na primavera mostra que é um ciclista muito talentoso", afirma Kelly. "Ele é o melhor sprinter deste ano, sem dúvida, mas as coisas também podem mudar para os sprinters. Já vimos Bennett a ir tão bem e depois perdeu a sua vantagem. Penso que com Philipsen, e com a idade que ele tem, não vejo isso a acontecer nos próximos anos."

"Philipsen está no topo da classificação e depois temos Arnaud De Lie. Ele vai ser interessante, porque está a subir e tem muita fome. Depois temos o Fabio Jakobsen, que teve um ano difícil, mas vejo-o a voltar ao nível dos anos anteriores. Olav Kooij é outro a ter em conta, mas não o vejo no Tour por causa da situação com a Jumbo, e depois há uma lista de outros tipos, como Cavendish, Bennett e Arnaud Démare, se ele acertar. Merlier também está na lista".

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