"Não estava à espera de uma vitória imediata!" - Giulio Ciccone foi "prego a fundo" para ganhar em San Sebastian, no regresso às corridas

Ciclismo
sábado, 02 agosto 2025 a 17:26
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Giulio Ciccone esteve mais de dois meses afastado da competição, mas o seu regresso foi perfeito. O italiano da Lidl-Trek venceu este sábado a edição de 2025 da Clásica San Sebastian com um contra-ataque preciso na Murgil-Tontorra, superando Jan Christen e Isaac del Toro, ambos da UAE Team Emirates - XRG, numa edição marcada por ataques constantes e nomes sonantes em destaque.
"Não estava à espera de uma vitória imediata!", confessou Ciccone após cortar a meta, ainda a recuperar do esforço nos 230 quilómetros da clássica basca. "Sabia que os meus números eram bons e que tinha trabalhado muito bem com a equipa. Mas dois meses sem correr é muito, nunca se sabe como as pernas vão reagir".
A resposta foi positiva. Ciccone e Del Toro isolaram-se na frente na subida de Erlaitz, a cerca de 35 quilómetros do final, e cooperaram na dianteira apesar da ameaça de um grupo perseguidor com Primoz Roglic entre os elementos mais ativos. Ciccone manteve-se calmo, geriu o esforço e esperou o momento certo, mesmo quando a corrida voltou a mexer.
A cerca de 10 quilómetros do fim, Jan Christen recuperou a desvantagem e, sem hesitar, lançou um ataque forte assim que chegou à frente. Ciccone não cedeu.
"Tive um momento de dúvida quando Del Toro e eu estávamos sozinhos no plano", revelou o italiano. "Ainda havia um longo caminho a percorrer, e era tentador abrandar. Mas continuámos a insistir. Depois, quando a Christen regressou, pensei: 'É aqui que isto rebenta.' Estava à espera que o Del Toro atacasse, mas ele começou a desvanecer-se. Por isso, segui o Christen e, quando chegou o momento, contra-ataquei".
Esse movimento, a poucos metros do topo da Murgil-Tontorra, foi o ponto de viragem. Ciccone abriu espaço, lançou-se na descida e manteve uma vantagem curta mas suficiente para resistir à perseguição de Christen, que arriscou tudo no regresso a San Sebastián.
"Tinha medo que o Christen voltasse, não o conseguia ver, não havia secções retas para avaliar a diferença", explicou. "Só nos últimos 500 metros é que me deixei finalmente acreditar. Depois foi só desfrutar, esta é uma das minhas corridas preferidas".
Ciccone alcançou assim a sua segunda vitória da temporada, depois do triunfo na abertura da Volta aos Alpes, em abril. Uma exibição de inteligência, leitura tática e sangue-frio, que valeu ao italiano a 12ª vitória da carreira e, muito provavelmente, uma das mais especiais, a par das 3 que obteve na Volta a Itália.
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