Cian Uijtdebroeks explica o papel da Visma na reviravolta de Ben O'Connor na Vuelta: "Não podemos estar na frente todos os dias"

Ben O'Connor, da equipa Decathlon AG2R La Mondiale, virou a classificação geral da Volta a Espanha 2024 de pernas para o ar, vencendo a etapa 6 na linha de partida e assumindo o controlo da Camisola Vermelha.

Atualmente no topo da classificação geral com quase cinco minutos de vantagem sobre Primoz Roglic, Ben O'Connor, que já terminou em 4º lugar na geral na Volta a Itália no início deste ano, parece ter uma oportunidade de ouro para conquistar a sua primeira vitória na Vuelta. No entanto, as táticas das equipas rivais, nomeadamente da Red Bull - BORA - hansgrohe, ao permitirem que um candidato à classificação geral ganhasse tanto tempo, têm sido fortemente questionadas.

A Team Visma | Lease a Bike é a equipa do vencedor da Volta a Espanha de 2023, Sepp Kuss. Com 6 etapas cumpridas desta vez, o americano já está a seis minutos de O'Connor e da camisola vermelha. "Foi muito difícil desde o início", disse o colega de equipa de Kuss, Cian Uijtdebroeks, à VTM NIEUWS, explicando a falta de ímpeto da equipa em perseguir o Ben O'Connor. "A certa altura, trinta ciclistas escaparam. Quando o Carapaz e o Arensman fugiram, tentei ir na direção deles. Mas isso era pedir demais, não tenho essa explosão. O grupo da frente ganhou uma grande vantagem. E nós já gastámos muita energia nos últimos dias. Não podemos estar na frente todos os dias. É uma pena que eles tenham chegado tão longe. E que não tenhamos tido muito apoio das outras equipas".

"A sua vantagem é grande. E, por isso, é uma ameaça para a vitória final", admite honestamente Uijtdebroeks, em jeito de conclusão. "É claro que a Vuelta ainda é longa. E também não devemos subestimar Florian Lipowitz (também na fuga e agora em quarto lugar na classificação)."