"Não podemos expulsar uma equipa" Diretor da Volta a Espanha recusa-se a misturar questões políticas e desportivas

Ciclismo
quarta-feira, 20 agosto 2025 a 12:45
israelpremiertech
A equipa Israel - Premier Tech continua a ser alvo de fortes críticas e protestos devido à destruição e violência em Gaza associada ao Estado de Israel nos últimos anos. Em várias ocasiões, têm surgido apelos à exclusão da formação ProTeam de grandes corridas, e a próxima Volta a Espanha não foi exceção. Contudo, o diretor da prova, Javier Guillén, garantiu que a equipa israelita não será retirada da lista de inscritos.
Em entrevista à agência EFE, Guillén abordou diversos temas ligados à organização da corrida, mas foi particularmente incisivo quando questionado sobre a presença da Israel - Premier Tech. Apesar da crescente contestação internacional, o responsável máximo da Vuelta defendeu a inscrição da equipa, afastando a possibilidade de exclusão.
A polémica não é nova. Tanto na Volta a Itália como na Volta a França, a presença da equipa provocou manifestações ativas contra Israel. No caso do Giro, os protestos chegaram mesmo a interferir diretamente com a corrida: na etapa de Nápoles, manifestantes anti-israelitas tentaram derrubar os dois ciclistas que seguiam em fuga nos quilómetros finais, um episódio que levantou sérias preocupações em matéria de segurança.

Dias decisivos da Vuelta

"O contrarrelógio de Valladolid, na última semana, e a etapa do Angliru (13), juntamente com a etapa de La Farrapona (14) nas Astúrias, serão também outros grandes juízes".
O tão esperado duelo entre a Visma e os Emirates:
"A Vuelta vai ser um grande duelo entre duas equipas, a Visma e a UAE. Qualquer uma das equipas pode ter duas grandes voltas este ano, uma vez que Simon Yates ganhou o Giro e Pogacar ganhou o Tour. Isso será um incentivo adicional".
Avaliação de Juan Ayuso como referência espanhola:
"Teremos outros ciclistas, como Juan Ayuso, que é um grande ciclista, e o facto de ser espanhol pode garantir uma competição entre um ciclista estrangeiro e um ciclista nacional, o que entusiasma sempre os adeptos".

Ausência de Pogacar e Evenepoel

"Teríamos gostado de ter o Pogacar e também o Evenepoel, mas ele fez o Tour e os seus planos foram-se, por outro lado. No entanto, Pogacar estreou-se na Vuelta em 2019 e não voltou, mas desde então temos tido grandes edições. Como organizadores queremos o melhor, e a leitura positiva é que este ano vamos ter uma corrida aberta e o nome do vencedor só será conhecido no final".
Javier Guillén, diretor da Volta a Espanha. @Imago
Javier Guillén, diretor da Volta a Espanha. @Imago
Controvérsia sobre a presença da Israel - Premier Tech:
"Não somos alheios à questão de Gaza e recebemos pedidos para expulsar a Israel da Vuelta, mas a equipa mereceu a sua participação pelos pontos alcançados, não se trata de um convite. A equipa tem o direito de participar e nós devemos dar-lhe as boas-vindas. A equipa também não foi proibida de competir por nenhuma organização".
Sobre as reivindicações pacíficas relativamente a Israel:
"Não podemos expulsar a equipa. Desde que uma reclamação seja pacífica, não temos nada a dizer, é respeitada, mas as regras de participação são claras e também as respeitamos".
Referências a incêndios em Espanha:
"Em primeiro lugar, esperamos que os incêndios sejam apagados o mais rapidamente possível, para além da questão desportiva. Ainda falta muito tempo e temos esperança de que tudo esteja resolvido quando a Vuelta passar pelas zonas afetadas. Se necessário, procuraremos um plano B".
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