"Não treinou" - Jonas Vingegaard foi criticado por antigo vencedor da Volta à França depois do falhanço no Campeonato da Europa

Ciclismo
domingo, 05 outubro 2025 a 18:00
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Jonas Vingegaard, vencedor da Volta à França e favorito à partida para os Campeonatos da Europa de estrada, foi deixado para trás a cerca de 110 quilómetros da meta, durante a primeira grande subida da corrida. O pelotão partiu-se sob a pressão inicial, deixando o dinamarquês completamente fora de combate, enquanto Tadej Pogacar conquistava mais uma vitória a solo impressionante.

Críticas de Bjarne Riis

O antigo vencedor da Volta à França, Bjarne Riis, foi direto nas críticas ao desempenho do dinamarquês, afirmando ao Feltet.dk que Vingegaard não fez o trabalho necessário para estar competitivo: “Não treinou. Não fez o que precisava de fazer para estar pronto para o Europeu. Ainda havia 80 ciclistas no pelotão quando ele foi abandonado, e isso foi no primeiro esforço real de subida. Se isso acontece, é porque não se preparou devidamente.”
Riis, que há anos insiste que Vingegaard leve as corridas de um dia mais a sério, considerou o resultado tristemente previsível: “Ele não passou tempo suficiente fora da bicicleta desde a Vuelta. Talvez haja outra explicação, mas acredito que não levou isto suficientemente a sério e não fez a preparação específica necessária para disputar medalhas. Ele é suficientemente forte para o fazer, sem dúvida, mas é preciso trabalhar. Isto não é uma corrida por etapas; é um desafio totalmente diferente.”

Vingegaard admite dificuldades na preparação

O próprio Vingegaard reconheceu as limitações, apontando para a recuperação após a vitória na Volta a Espanha, onde teve dificuldades devido a uma doença, para garantir o título: “Admito que precisei de mais tempo fora da bicicleta do que esperava. Demorou quase duas semanas até poder voltar a treinar corretamente. Não é que eu não quisesse, é que não podia”, explicou.
A pausa custou-lhe caro: ao contrário de rivais como Pogacar e Remco Evenepoel, que chegaram a França com forma e dinâmica de corrida ideais, a preparação de Vingegaard estava longe do ideal. “Não sei se foram essas duas semanas de paragem que fizeram a diferença hoje, ou se é apenas uma fadiga profunda ainda presente no corpo. Mas seja o que for, não tive pernas para isso”, acrescentou.

Um histórico de dificuldades em corridas de um dia

O abandono de domingo não é um caso isolado: Vingegaard não termina uma corrida de um dia desde 2022. Desde a sua última participação na Il Lombardia, há três anos, participou apenas na Clássica San Sebastián de 2024, sem conseguir concluir nenhuma das duas provas.
Riis insistiu que o problema não é a capacidade física: “Ele é mais do que suficientemente forte, mas não se pode simplesmente aparecer e esperar resultados. Tens de abordar estas corridas como os monumentos que são. É preciso empenho.”
Vingegaard mantém, no entanto, esperança para o futuro: “Continuo a acreditar que posso competir em corridas como estas. Mas tenho de me preparar melhor. O objetivo era correr com as cores nacionais e testar-me mas, obviamente, não estava onde precisava de estar.”
Entre os seus compatriotas, a mensagem é clara: talento por si só não basta para ter sucesso nas corridas de um dia.
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