Num final dramático da segunda etapa da
Volta a França 2025, Mathieu van der Poel voltou a mostrar a sua classe ao triunfar sobre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, numa chegada explosiva que deixou pouco espaço para hesitações.
Remco Evenepoel, sempre atento nas primeiras posições, optou por não se envolver diretamente na luta pela vitória, cruzando a meta com os melhores, mas sem se intrometer na discussão pelo triunfo.
"Era difícil para mim fazer qualquer coisa", avaliou Evenepoel com franqueza em declarações ao CiclismoAtual e a outros meios comunicação presentes na meta. "Por isso, tentei apenas chegar em segurança e correu bem. Foi um final de dia positivo."
Questionado sobre um eventual ataque na última subida ou em algum dos momentos decisivos anteriores, o líder da
Soudal - Quick-Step foi directo: "Sim, mas não tive a sensação de que seria útil. Sobretudo porque a Visma tinha alguém em segundo lugar. E acho que o Mathieu também queria muito ganhar a etapa", afirmou. "Estou muito contente pelo Mathieu ter ganho hoje."
Apesar de não ter disputado a etapa, Evenepoel mostrou-se satisfeito com o seu desempenho e, sobretudo, com as sensações. "Acho que não me posso queixar disso. Tudo foi bom hoje. O posicionamento também foi muito bom hoje. Tudo foi um pouco mais nítido do que ontem", sublinhou. "É esse o meu lugar, com os melhores, na frente. Não se trata de recuperar a confiança. Nunca perdi a confiança. Só queria estar lá no final e estava."
Com grande lucidez sobre o seu perfil e as características do final, Evenepoel reconheceu as limitações face a certos adversários em contextos específicos: "Sei que a tipos como o Mathieu e o Julian Alaphilippe, não os consigo vencer neste tipo de chegada. Por isso, não tentei", rematou. "Mas, no final, é sempre fácil dizer: 'Talvez devesse ter sprintado com eles'. O mais importante era estar com o primeiro grupo e manter-me bem. Não quero perder tempo com algo estúpido, tirando as bonificações."