Após o domínio da Team Sky na década de 2010, a
Volta a França entrou numa nova era em 2020 com a vitória dramática de
Tadej Pogacar. Nas quatro edições que se seguiram, a rivalidade do esloveno com
Jonas Vingegaard iluminou o ciclismo todos os verões, forjando um lugar nos anais da história do ciclismo.
Nos quatro Tours em que Pogacar e Vingegaard se defrontaram, foram duas vitórias para o líder da UAE Team Emirates e duas para o homem da Team Visma | Lease a Bike, sendo que nenhum dos dois terminou abaixo do 2º lugar em qualquer uma das quatro edições. Segundo o director da Volta a França,
Christian Prudhomme, a rivalidade entre Pogacar e Vingegaard pode ser comparada a uma das maiores rivalidades de sempre no ténis, Rafa Nadal contra Roger Federer.
Questionado pela
Bici Pro se o domínio de Pogacar em 2024 causa algum tipo de preocupação relativamente à sua prova, Prudhomme responde, usando Nadal e Federer como metáfora. "Faz-me esta pergunta numa altura em que estamos a chorar a despedida de um campeão como é o Rafael Nadal e os jogos que se realizaram ao longo dos anos entre ele e Federer", explica. "Quando Pogacar ganhou o contrarrelógio de Laval no Tour de 2021, toda a gente estava convencida de que ele iria ganhar 6, 7, 8 vezes seguidas".
No entanto não foi esse o caso, pois surgiu Vingegaard que conquistou duas Maillot Jaune. "Nos dois anos seguintes porém, Vingegaard chegou e o domínio de Pogacar pareceu inverter-se. O que eu espero é que estes dois protagonistas estejam à partida da Volta a França sem terem de recuperar de quedas muito graves", conclui Prudhomme, que salienta a má sorte que ambos tiveram na preparação das últimas edições. "Nos últimos dois anos, o desequilíbrio foi causado por quedas e lesões, que afectaram ambos. Por isso, espero realmente que ambos estejam em grande forma e depois logo se vê."