"O Lappartient é um hipócrita" Johan Bruyneel ataca o presidente da UCI sem papas na boca

Ciclismo
quarta-feira, 30 julho 2025 a 00:40
johan bruyneel
A polémica de Johan Bruyneel com o presidente da UCI, David Lappartient, ainda não chegou ao fim. O belga foi banido do mundo do ciclismo pela sua contribuição para a dopagem sistemática de uma equipa profissional, a US Postal, e da sua estrela de então, Lance Armstrong, no início dos anos 2000. Assim, Bruyneel está impedido de desempenhar qualquer função oficial no ciclismo.
De acordo com Lappartient, esta regra foi violada por Bruyneel durante a recente Volta a França, quando o ex atleta de 60 anos apareceu no local da corrida como convidado de uma televisão belga. Bruyneel afirma que a sua suspensão não envolve a presença dos meios de comunicação social e responde a Lappartient, chamando-lhe hipócrita, que tem dois pesos e duas medidas.
"É decepcionante ver o presidente da Union Cycliste Internationale (UCI), David Lappartient, opor-se pública e fortemente à minha presença no início de uma etapa da recente Volta à França - onde participei apenas na qualidade de analista - ao mesmo tempo que mantém laços estreitos com líderes políticos (ditadores) cujo historial em matéria de direitos humanos é profundamente preocupante", escreveu no X.
"O Sr. Lappartient apareceu publicamente ao lado do Presidente Paul Kagame do Ruanda e do antigo Presidente Gurbanguly Berdimuhamedow do Turquemenistão, dois chefes de estado amplamente criticados por organizações internacionais de direitos humanos, por sistemáticas violações das liberdades fundamentais. Apesar disso, ambos foram recebidos pela UCI, condecorados com prémios e envolvidos ativamente em parcerias de alto nível no mundo do ciclismo".
"Esta incoerência levanta sérias questões sobre os padrões que a UCI e Lappartient aplicam - e a quem. Se a direção da UCI se sente à vontade para homenagear regimes autoritários, que violam os direitos humanos e que estão bem documentados, então apontar a minha presença num evento desportivo como inaceitável parece não só hipócrita, como tem motivações politicas".
"O ciclismo merece uma liderança que aplique os seus valores de forma coerente, sem dois pesos e duas medidas ou indignação selectiva", conclui.
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