A organização da
Volta a França oficializou esta terça-feira o perfil da 21.ª etapa, e está confirmado: o tradicional desfile até aos Champs-Elysées deu lugar a um autêntico campo de batalha final, com subidas técnicas, uma última passagem por Montmartre e um percurso que transforma completamente o fecho do Tour.
A última etapa da prova, marcada para domingo, 27 de julho, incluirá cinco subidas em pleno coração de Paris, terminando com uma passagem explosiva pela Rue Lepic, situada a menos de sete quilómetros da meta. Inspirado pela inesquecível corrida de estrada dos
Jogos Olímpicos de Paris 2024, este final de Grande Volta deixa de ser simbólico e passa a ser desportivamente relevante e decisivo.
“Esta última etapa pode ser explosiva!”, escreveu a conta oficial da Volta a França no
X (antigo Twitter), ao partilhar o novo perfil da etapa.
Um perfil digno de uma Clássica
O perfil da etapa é semelhante ao de uma semi-Clássica urbana, com constantes acelerações, curtas subidas empedradas e zonas técnicas que exigirão grande posicionamento e leitura de corrida. É o cenário ideal para clássicos como Van der Poel, Van Aert ou Pidcock, mas também uma armadilha para qualquer líder da classificação geral que ainda esteja a defender escassos segundos de vantagem.
A tradicional chegada aos Campos Elísios com sprint massivo poderá dar lugar a ataques de ciclistas das Clássicas ou da geral, tornando este dia um espetáculo completo, e muito mais imprevisível do que qualquer final recente do Tour.
Reações divididas
Embora os adeptos em geral tenham aplaudido a ousadia da organização, alguns ciclistas, como
Jonas Vingegaard e
Remco Evenepoel, já manifestaram reservas quanto à segurança e ao risco acrescido de acidentes num pelotão cansado e num cenário urbano tão técnico. Ainda assim, a ASO aposta em que a imagem de Paris, com a Basílica de Sacré-Cœur ao fundo, se torne icónica para o fecho da maior corrida do mundo.
Conclusão
A etapa 21 da Volta a França 2025 não será uma celebração antecipada – será um desfecho em terreno de guerra, onde a camisola amarela poderá mudar de dono mesmo à beira da meta. Os organizadores ousaram, e o resultado será, sem dúvida, um dos finais mais aguardados dos últimos anos.