Oficial: Visma oficializa exército de apoio a Jonas Vingegaard na Volta a Espanha - Kuss e Jorgenson como destaques

Com um balanço positivo em grandes voltas este ano, a Team Visma | Lease a Bike tem chances muito favoráveis de terminar o ano com 2 vs 1 em grandes voltas, relativamente à grande rival, UAE Team Emirates - XRG. Jonas Vingegaard é o líder incontestado, tem um bloco forte, e é o claro favorito à vitória final. Vamos conhecer o 8 das "abelhas" para a Volta a Espanha.

27 vitórias, 81 pódios, 155 top 10, 2º lugar no ranking UCI 2023-2025

Jonas Vingegaard

Jonas Vingegaard precisa de dias de competição e precisa de voltar a ganhar uma grande volta. Bem sei que o dinamarquês é muito forte mentalmente, mas já não ganha uma grande volta desde a Volta a França 2023. Mostrou-se em subida de forma durante o Tour, tendo sido capaz de acompanhar Tadej Pogacar nas últimas etapas de montanha, terá João Almeida e Juan Ayuso como principais rivais, mas está num nível superior e acredito que a vitória final não lhe vai fugir.

O bom e velho Sepp Kuss regressou no Tour, esteve irrepreensível no trabalho para o seu líder, terminando ainda no top 20 da geral, lembro-me de uma etapa em que uma aceleração sua deixou apenas Vingegaard e Pogacar na roda. Dá-se bem na Vuelta e acredito que voltará a estar em grande!

Pelo contrário, Jorgenson desiludiu no Tour, quando muitos alvitravam um top 10 na geral, contra mim falo porque o coloquei na aposta para o top 10, mas isso são "outros quinhentos". Não correu mais desde aí, por isso a sua forma é uma incógnita, ainda que não costume fazer grandes finais de época.

Kelderman e Tulett são os outros trepadores da equipa, um veterano, a diesel, capaz de impor fortes ritmos, como vimos recentemente no Tour de l'Ain, onde contribuiu muito para a vitória de Cian Uijtdebroeks, o outro, um jovem, que está a pouco e pouco a afirmar-se dentro da equipa, curiosamente, também esteve no Tour de l'Ain, não deu tudo na frente como Kelderman, mas acelerou quando foi preciso, esteve ao ataque e subiu ao pódio final, em 3º. Duas mais-valias para a alta montanha.

A escolha de Campenaerts mostra algo que aprecio muito no desporto - meritocracia. O belga fez um Tour fantástico, parecia um trepador a controlar etapas de montanha, tendo sido dos últimos homens a abandonar o seu líder, a par de Kuss. Além disso, quando teve liberdade, foi 2º numa etapa, perdendo para o seu amigo Tim Wellens. Espero um trabalho idêntico na Vuelta, deverá conservar parte dessa forma e quem sabe, desta vez, conseguir ganhar uma etapa.

Zingle é o homem mais rápido do alinhamento, podiam trazer Kooij e isso aumentava claramente as chances de vitória, mas o neerlandês está de saída e apostam no francês, regular, com 7 top 10 e 1 vitória este ano, fará alguns top 10, pedir uma vitória será demasiado, mesmo com pouca concorrência no sprint. O capitão Van Baarle completa o alinhamento, um homem de clássicas, ideal para manter Vingegaard bem colocado nas chegadas perigosas.