A Volta à França, a maior e mais mediática corrida do calendário ciclístico, atrai milhões de adeptos às estradas todos os anos. No entanto, nem todos os espetadores mantêm comportamentos adequados, e a edição de 2025 já deixou sinais preocupantes nas primeiras etapas.
Durante a segunda etapa, registaram-se comportamentos arriscados por parte de alguns adeptos, com destaque para tentativas de tirar selfies demasiado próximas do pelotão, corridas ao lado dos ciclistas em plena subida e até utilização de tochas que criaram momentos de tensão. Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar foram dois dos nomes mais diretamente afetados pela imprudência de certos fãs.
Face aos incidentes, a organização da Volta à França reagiu com um apelo público à responsabilidade dos adeptos. “Para sua própria segurança e dos ciclistas, não use tochas e não corra ao lado dos ciclistas!”, alertou a organização através de um post na sua conta oficial da rede X (Twitter), acompanhado de imagens ilustrativas dos episódios registados na etapa 2.
A mensagem é clara e repete um aviso que, infelizmente, tem sido recorrente no ciclismo moderno. O diretor da corrida, Christian Prudhomme, já se manifestara anteriormente contra o uso de fumos pirotécnicos junto ao pelotão. “Diz-se frequentemente que o maior problema da segurança rodoviária é o nevoeiro. E é exatamente isso que as tochas fazem”, afirmou. “O seu lugar não é no ciclismo. Fazem com que os ciclistas inalem um cheiro nauseabundo e também ficam cegos.”
Os episódios de 2025 juntam-se a uma longa lista de comportamentos problemáticos de adeptos nas margens da estrada. Desde fotografias perigosamente próximas dos ciclistas até colisões acidentais, como a tristemente célebre pancarta que causou uma queda em cadeia em 2021, o ciclismo continua a deparar-se com desafios no equilíbrio entre a paixão dos adeptos e a segurança da corrida.