"Os ultimos 10 minutos vão ser brutais. Vamos ter de dar tudo por tudo duas vezes" Remco Evenepoel revela estratégia para o CRI

Ciclismo
sábado, 20 setembro 2025 a 9:46
remcoevenepoel
Remco Evenepoel garante que nunca chegou a um Campeonato do Mundo tão forte como agora, na véspera de defender a sua camisola Arco-Íris de contrarrelógio em Kigali. O belga de 25 anos procura a terceira vitória consecutiva na especialidade, façanha que na era moderna apenas Michael Rogers e Tony Martin conseguiram alcançar.
“Quando se veste a camisola, não queremos perde-la, especialmente quando se sabe que o percurso é ao nosso gosto”, afirmou Evenepoel à HLN. “Quantos ciclistas ganharam três vezes seguidas? Dois. É um grande desafio: quero juntar o meu nome a essa lista e até ultrapassá-la. Conseguir algo histórico aqui seria especial.”

Perfil montanhoso

O percurso em Kigali, com longas rectas, terreno ondulado e um perfil relativamente pouco técnico, parece feito à medida do belga. “É o tipo de percurso de que gosto: largo, com muitas secções rectas, pouco técnico. Haverá muitas mudanças de ritmo, porque estamos sempre a subir e a descer, o que torna tudo mais difícil, mas isso é algo de que gosto”, explicou.
Evenepoel sublinha a importância de gerir o esforço num traçado em que as subidas mais exigentes surgem no final. “Não podemos ultrapassar o limite na primeira metade. Os últimos dez minutos vão ser brutais, tens de ser capaz de dar tudo por tudo duas vezes.”
Depois de um primeiro semestre atribulado, o belga garante que o momento de forma é o melhor da temporada. “Não quero gritar isto de cima do telhado, mas acho que ainda não tinha atingido a forma que tenho agora. É lógico, tive um bom período de preparação, um longo campo de altitude e agora tenho cinco meses de corrida nas pernas, como toda a gente que se prepara para a Volta a França. É a primeira vez que nos treinos consegui fazer tudo na perfeição.”
O principal rival será Tadej Pogacar, que chega a Kigali após um verão dominador coroado com a vitória na Volta a França. O duelo entre o esloveno e o belga promete ser o ponto alto da prova, ainda que outros especialistas em contrarrelógio tentem aproveitar qualquer deslize da dupla.
Para Evenepoel, porém, o foco está em escrever história. “Se conseguir dois dos quatro títulos que ainda estão em jogo, Mundiais, Europeus e Lombardia, a época fica muito melhor. Mas defender esta camisola no Ruanda já será algo verdadeiramente especial.
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