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Volta à Suíça 2025 tem sido um bom terreno para
Oscar Onley se mostrar a um nível acima. O jovem britânico, com apenas 22 anos, continua a explorar os seus limites no pelotão WorldTour tendo já inclusive vencido uma etapa na edição deste ano e posiciona-se entre os protagonistas da corrida. Na sétima etapa, voltou a provar a sua consistência com um segundo lugar atrás de João Almeida, reforçando a sua candidatura ao pódio final.
"Entramos com força na penúltima subida e o plano era atacar com o Frank (van den Broek), mas ele não tinha tempo suficiente [de vantagem]", explicou Onley numa
declaração pós-etapa, revelando a estratégia delineada pela sua formação, a
Team Picnic PostNL.
Embora o plano inicial não tenha surtido o efeito desejado, a equipa soube reagir taticamente. Van den Broek, colega de Onley, desempenhou um papel crucial ao comandar o grupo no vale após a subida a Bürgenstock, momento em que os favoritos começaram a isolar-se. "Fizemos um trabalho muito bom no vale, mantendo o ritmo controlado, e depois foi uma questão de pernas na última subida", comentou Onley.
Oscar Onley (no meio) chega em segundo lugar atrás do vencedor da etapa João Almeida
Apesar de muitos esperarem um desenlace mais explosivo na subida final para Emmetten, a ação acabou por ser mais contida. Excetuando algumas acelerações de Felix Gall, o grupo dos principais candidatos preferiu jogar em contenção. “Foi difícil, havia um pouco de vento contrário, por isso não era fácil fazer a diferença”, justificou Onley, explicando a ausência de ataques mais contundentes.
No sprint reduzido entre os homens da geral, Onley voltou a terminar no segundo posto, uma posição que, embora prestigiante, deixa algum sabor agridoce. "Acho que estou contente com o resultado. Queria ganhar um pouco mais de tempo, mas o Alaphilippe está muito forte e o Vauquelin também está a andar bem, por isso não havia muito que eu pudesse fazer."
A decisão da geral está agora nas mãos do contrarrelógio final, uma etapa de montanha que volta a terminar em Emmetten, mas que se prolonga até Stockhütte, com cinco quilómetros finais a uma média de 10% de inclinação. É aqui que Onley poderá fazer a última investida rumo ao pódio da Volta à Suíça.
"O plano para amanhã é fazer o máximo de esforço possível no contrarrelógio e ver onde acabo. Não há táticas e não se pode controlar nada, por isso só tenho de fazer o que posso fazer", concluiu o britânico, consciente de que será a força pura a ditar os lugares de honra.