Pais de Tadej Pogacar revelam o que faz dele o melhor ciclista do mundo: "O ciclismo é a coisa mais importante do mundo para ele"

Ciclismo
domingo, 19 janeiro 2025 a 23:00
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O Cycling Weekly falou recentemente com Mirko e Marjeta Pogacar, os orgulhosos pais de Tadej Pogacar, considerado por muitos o melhor ciclista do mundo. As suas anedotas revelam uma visão fascinante da infância da sensação eslovena, desde as aventuras de uniciclo até ao inesperado primeiro encontro com a Volta a França.
"Havia um tipo no bairro que tinha um uniciclo e, uma vez, foi a um evento com ele", recorda Marjeta. "Mostrou às pessoas como se andava nele e os nossos filhos ficaram muito interessados. Queriam aprender, por isso comprámos-lhes um". A rivalidade entre irmãos depressa exigiu um segundo uniciclo e, em pouco tempo, Tadej, de 10 anos, e o seu irmão mais velho, Tilen, estavam a dominar a arte de andar de uma só roda na sua cidade natal, Komenda, uma pequena vila de apenas 6.000 habitantes.
"Se lhes déssemos um uniciclo agora, eles ainda conseguiriam andar nele, pois estavam sempre a praticar", acrescenta Marjeta. Ela recorda com carinho as suas escolhas criativas de transporte. "Quando dizíamos ao Tadej e ao Tilen para irem buscar leite, eles diziam: 'É muito difícil ir a pé. É mais fácil ir de bicicleta', por isso iam de uniciclo", ri-se.
A casa dos Pogacar era sempre animada, cheia de jogos e atividades. "Estávamos sempre a brincar com os nossos filhos: desporto, cartas, jogos de tabuleiro, jogos de dados, ir à quinta dos pais do Mirko apanhar batatas", diz Marjeta. Os passatempos de infância de Tadej e Tilen incluíam Pokemon, Lego e Beyblades, mas uma coisa que evitavam era aprender francês. "Eu percebo porquê", explica Marjeta. "É porque quando eles se portavam mal, eu começava a falar com eles em francês, por isso, quando ouviam francês, pensavam: 'Uh-oh, fizemos algo de errado'."

Do futebol ao ciclismo

Tal como acontece com muitos irmãos, o líder da UAE Team Emirates - XRG seguiu os passos de Tilen no que diz respeito a desportos. "Tilen começou a jogar futebol e Tadej também", recorda Marjetar. "Mas quando Tilen viu que Tadej estava a jogar muito bem, deixou a equipa para se juntar a uma equipa de basquetebol." Embora Tadej tenha continuado com o futebol durante algum tempo, Marjeta ficou aliviada quando ele seguiu em frente. "O ambiente no estádio com os outros pais era muito desagradável, bastante agressivo, e eu não gostava disso", admite.
A mudança para o ciclismo provou ser um momento decisivo para a família Pogacar, apesar dos desafios financeiros. "Ficámos muito contentes por ambos terem começado a andar de bicicleta, mas não foi barato", diz Marjeta. "Tivemos muita sorte por o clube ter oferecido as bicicletas, os sapatos e os capacetes, caso contrário era demasiado caro e não teríamos conseguido pagar."
Para o jovem Tadej, o ciclismo tornou-se rapidamente uma paixão. "O ciclismo era a coisa mais importante do mundo para Tadej", recorda Marjeta. "Gastava sempre o dinheiro que tinha em óculos de sol, meias ou rodas. Quando tinha 12 anos, recebia 5 ou 10 euros por ganhar uma corrida e esse valor aumentava à medida que ia ficando mais velho."
A primeira experiência dos Pogacar na Volta a França surgiu por acaso, durante umas férias em família, em 2011. "Não tínhamos intenção de ver a corrida - estávamos a tentar chegar a Lyon!" recorda Marjeta. Um túnel dispendioso para entrar em França a partir de Itália levou a família a desviar-se por Sestriere, apenas para se verem impedidos pelo Tour.
"Assim que chegámos, a estrada estava bloqueada por causa da corrida e tivemos a oportunidade de ver a etapa", explica Marjeta. "Foi o melhor dia das nossas férias".
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