"Parecia estar em boa forma, mas ainda lhe falta aquele pequeno pormenor" - Madiot avalia as hipóteses de Vingegaard na Volta a França 2025

Ciclismo
quarta-feira, 25 junho 2025 a 16:30
vingegaard pogacar
Com a Volta a França mesmo ao virar da esquina, o foco do pelotão do World Tour está totalmente centrado na prova rainha do ciclismo mundial. Entre os muitos que analisam o momento atual dos principais candidatos à camisola amarela está Marc Madiot. O experiente diretor da Groupama - FDJ falou ao Cyclism'Actu sobre as recentes exibições de Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard, deixando uma leitura clara do que espera para o Tour de 2025.
"Podemos ver que Pogacar está no seu melhor, especialmente nas montanhas. Talvez ainda haja alguns pormenores a ajustar em relação ao contrarrelógio, mas, no geral, ele tem estado muito forte desde o início da época", afirmou Madiot, referindo-se ao domínio do esloveno na temporada até ao momento.
No recente Critérium du Dauphiné, os dois principais rivais voltaram a medir forças pela primeira vez desde a edição passada da Volta a França. E, uma vez mais, na alta montanha, Pogacar demonstrou um nível de supremacia idêntico ao que tem apresentado em praticamente todas as corridas com subidas prolongadas nos últimos 12 meses.
A 10 dias do Tour, Pogacar lidera nas casas de apostas, seguido de Vingegaard, Evenepoel e João Almeida
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"Vingegaard parecia estar em boa forma, mas ainda lhe falta aquele pequeno pormenor para competir com Pogacar em todos os domínios. Há claramente um fosso entre os dois e os outros, apesar de Evenepoel estar também a um excelente nível. A hierarquia do ano passado parece confirmar-se", analisou o responsável da Groupama - FDJ.
Com base nas exibições recentes dos três principais candidatos à camisola amarela - Pogacar, Vingegaard e Evenepoel - e tendo em conta que, desta vez, nenhum deles sofreu lesões ou doenças no período que antecede a prova, tudo indica que o Tour de 2025 poderá seguir um guião semelhante ao da edição anterior, pelo menos no que diz respeito à luta pela classificação geral.
"Não vi as probabilidades, mas com base no que observámos, não é preciso ser um grande especialista para dizer que Pogacar é o favorito número um", afirmou Madiot com convicção. "Mas é preciso estar sempre atento".
Apesar do favoritismo do líder da UAE Team Emirates - XRG, o diretor francês não deixa de sublinhar a imprevisibilidade da Grande Boucle, onde qualquer detalhe pode fazer a diferença ao longo das três semanas de corrida.
"O Tour são três semanas com muitas armadilhas: as montanhas, os contrarrelógios, as etapas difíceis, o vento, a gestão do pelotão... Há muitos parâmetros que tentamos controlar, mas que nunca dominamos a 100%. Há sempre os caprichos da corrida. Por isso, tudo está em aberto, mesmo se, no papel, Pogacar tem mais hipóteses do que os outros", concluiu Madiot.
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