Paul Seixas, jovem prodígio de 18 anos, vai estrear-se no World Tour depois de bater tempo de Vingegaard no Coll de Rates: "Há margem para melhorar em todo o lado"

Paul Seixas é visto pelos entendidos como uma das grandes esperanças para o futuro do ciclismo francês. O prodígio da equipa Decathlon AG2R La Mondiale também já está a fazer ondas e estabeleceu recentemente o quinto melhor tempo no Coll de Rates, um segundo mais rápido do que Jonas Vingegaard.

Em declarações à Cyclism'Actu, o francês de 18 anos deu a conhecer alguns dos seus objetivos para o que parece ser um grande futuro na modalidade. "A Volta à França, penso que para todos os franceses, e para muitos ciclistas do mundo, é o sonho de toda a gente", afirma. "E depois, é certo que quando se vê o Tour, ele pode perder-se em todo o lado. E foi também isso que me levou a querer ser versátil e a não estabelecer limites para mim próprio, porque se formos bons em todas as áreas, isso será sempre uma vantagem sobre os outros e, se alguma vez nos encontrarmos numa situação má, há sempre uma forma de escapar se nunca tivermos estabelecido limites para nós próprios. É isso, ser sempre versátil e divertir-se na bicicleta".

"Tenho 1m85 e neste momento peso 62 quilos. Engordei um pouco, depois fiz um pouco de musculação. Depois, este inverno, vou trabalhar fibras diferentes das do inverno passado, quando fiz crosse, não é a mesma coisa", continua, detalhando o seu tipo de constituição física enquanto jovem promissor. "Mas pronto, ganhei 1 ou 2 quilos, depois veremos o que dá durante a época. Geralmente, não ganho muito e não perco muito, tenho um metabolismo assim que me permite não perder muito."

"Há margem para melhorias em todo o lado, há ganhos marginais em todo o lado. E é claro que vamos dizer a nós próprios que são apenas ganhos marginais, que não se ganha muito... Mas o acumular de vários ganhos marginais acaba por ser um grande ganho, e é isso que faz a diferença ao mais alto nível, penso eu", continua. "Todos os ciclistas são excecionais, e penso que são estes pequenos pormenores que vão fazer a diferença. Depois, claro, há ciclistas como Pogacar que são extremamente talentosos, mas penso que também há muitos ganhos marginais que fazem uma grande diferença no final."

Quanto a 2025, já se espera que o jovem de 18 anos faça uma estreia ao nível do World Tour. "Espero que toda a época corra bem! Que aprenda coisas e progrida, que na bicicleta funcione e que obtenha bons resultados", antevê. "Gostaria de ter uma época que prometa para o futuro. Sei que não vou fazer uma Grande Volta, o que é normal porque ainda não tenho os conhecimentos básicos."

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