Perfis e percurso - Volta ao Algarve 2025

sábado, 15 fevereiro 2025 a 19:26

De 19 a 23 de fevereiro, o pelotão vai disputar a Volta ao Algarve, uma das corridas que mais evoluiu a nível internacional e que todos os anos conta com um leque de estrelas - entre trepadores, sprinters e especialistas em clássicas. Analisamos o seu perfil.

A corrida de cinco dias apresenta três dias para os sprinters testarem as suas pernas no início da época, uma etapa de montanha com uma chegada ao cume no famoso Alto da Foía e uma novidade este ano - o tradicional final da etapa no Alto do Malhão será agora uma crono escalada no último dia de competição.

1ª etapa: Portimão - Lagos, 192.2Km

A corrida começa com um dia plano, algo que o Algarve oferece frequentemente com a sua extensa costa. Os sprinters ficarão encantados com o bom tempo e com uma chegada ao sprint já no primeiro dia, onde também estará disponível uma camisola amarela para o primeiro ciclista a cruzar a linha de meta em Lagos.

2ª etapa: Lagoa - Alto da Foia, 177.6Km

A segunda etapa da prova será orientada para os trepadores. No geral não é muito dura, mas o final apresenta terreno para se fazerem algumas diferenças. No final temos a combinação de duas subidas: a primeira é a subida para a Pomba que tem 3,8 quilómetros de extensão a 7,4%, terminando a 10,5 quilómetros do final.

Depois de uma pequena subida, os ciclistas sobem o ventoso Alto da Foía, que este ano será escalado por um lado diferente. A subida não é muito dura, 8,5 quilómetros a 5%, mas tem muitas curvas e um quilómetro final a 9%. Sem dúvida, o fogo de artifício será deixado para o final, mas irá proporcionar uma luta interessante pela vitória.

3ª etapa: Vila Real de Santo António - Tavira, 183.5Km

A 3ª etapa será mais um dia para os sprinters, começando em Vila Real de Santo António e terminando em Tavira com uma chegada que apresenta poucos obstáculos. Mais uma batalha entre os grandes motores do pelotão.

4ª etapa: Albufeira - Faro, 175.2Km

A 4ª etapa deverá ser outra oportunidade para os sprinters, mas não é assim tão linear. Não é um dia fácil para os ciclistas, com algumas pequenas subidas ao longo dia e 3 subidas categorizadas nos últimos 60 quilómetros, que podem ser dolorosas para aqueles que têm dificuldades com os esforços mais longos e, mesmo perto do final, temos segundos de bónus disponíveis no topo de uma pequena subida, Santa Bárbara.

Estas dificuldades pode prejudicar alguns sprinters, mas não será suficiente para evitar um sprint de grupo com toda a certeza, e em Faro deveremos ter uma terceira e última batalha entre sprinters, num final em falso plano.

5ª etapa (contra-relógio individual): Salir - Malhão, 19.6Km

Este ano, a corrida termina com um contrarrelógio, que será emocionante. Com 19,6 quilómetros de distância, os ciclistas vão correr contra o relógio desde Salir até ao famoso Alto do Malhão. A subida final de 2 quilómetros tem uma média de 9% e, este ano, em vez de acolher uma chegada ao cume, acolherá a meta do contrarrelógio da prova.

Esta será a etapa rainha da corrida, uma vez que em tais distâncias é expectável que se criem grandes diferenças e, além disso, haverá um grande desafio para controlar os ritmos na zona mais plana e na subida, para além da questão dos ciclistas trocarem de bicicleta ou não antes da subida final.