Tadej Pogacar só vai celebrar o seu 26º aniversário em setembro, mas não é descabido considerá-lo já entre os grandes nomes do desporto. Faltam ainda três etapas para a
Volta a França deste ano terminar, mas com um recorde de 3 Grandes Voltas, 23 etapas de em Grandes Voltas e 6 monumentos, os feitos de Pogacar estão já muito para além do que qualquer mortal poderia sonhar em tão tenra idade.
Pierre Rolland, especialista francês e um dos melhores trepadores da sua geração, concorda que, aconteça o que acontecer nos próximos anos da sua carreira, o esloveno já merece todo o respeito.
Enquanto um ciclista tiver um desempenho excecional, haverá sempre conspirações de doping. "Não quero entrar neste debate", esquiva-se Rolland, dando a sua própria opinião sobre o assunto em
Cyclism'Actu. Pelo contrário, tenta ver as coisas através de óculos cor-de-rosa: "Desde que tinha 19 anos e terminou em terceiro na Vuelta 2019, sabemos que é um prodígio, tal como Mathieu van der Poel ou Remco Evenepoel."
Tadej Pogacar procura juntar a Camisola Amarela à Camisola Rosa que conquistou em maio
A comparação de Tadej Pogacar com "o Canibal" Eddy Merckx pode não ser descabida, pois Rolland salienta que o esloveno tem poucas ou nenhumas fraquezas, para além de ser ridiculamente bom em praticamente todos os terrenos. "É o ciclista mais talentoso das últimas décadas, é forte em todo o lado, não tem falhas, é extraordinário e impressionante. A única pequena falha que ele pode ter é o facto de ser um pouco menos eficiente quando está acima dos 35°C, esse é o seu único ponto fraco", analisa Rolland.
No entanto, a sua previsão do pódio final em Nice pode ser vista como bastante surpreendente, considerando a situação atual da CG. "Pogacar em 1º, Evenepoel em 2º para o espetáculo e Vingegaard em 3º. É mesmo para o espetáculo porque, de qualquer forma, vejo-o mais na outra direção para o segundo e terceiro lugares", conclui Pierre Rolland com um sorriso.