Num ano repleto de exibições memoráveis, os leitores elegeram
Tadej Pogacar como protagonista do Desempenho Individual do Ano de 2025.
A vitória a solo do esloveno no
Campeonato do Mundo de Kigali, no Ruanda, recolheu 267 votos, deixando claro o impacto daquela jornada épica que ficará gravada na história recente do ciclismo.
No circuito montanhoso africano, Pogacar assinou uma das prestações mais icónicas da sua carreira: atacou muito antes da última volta, pedalou sozinho durante mais de uma hora e resistiu às tentativas conjuntas de Remco Evenepoel, Juan Ayuso e Isaac del Toro para o alcançar.
O resultado foi uma vitória a solo que transformou uma corrida tática numa obra-prima de resistência e instinto competitivo, consolidando o bicampeonato mundial consecutivo em estrada.
Uma exibição que entra para o folclore do ciclismo
O triunfo em Kigali foi mais do que uma vitória, foi uma declaração de supremacia e intuição num dos percursos mais exigentes de um Mundial na última década.
Com o ataque em altitude e o controlo absoluto do ritmo, Pogacar ofereceu ao público um espetáculo de pura superioridade, que cimentou a sua reputação como o ciclista mais versátil da era moderna.
Essa vitória somou-se a uma época em que o esloveno também conquistou o título europeu e reforçou o seu domínio nas grandes clássicas e nas Grandes Voltas.
Para os adeptos, a performance no Ruanda foi o momento definidor do ano, um daqueles raros dias em que o ciclismo ultrapassa o desporto e se torna arte em movimento.
Yates e Van Aert completam o pódio das prestações do ano
A votação foi dominada por nomes de peso, espelhando a intensidade da temporada de 2025.
Em segundo lugar, com 124 votos, ficou Simon Yates, graças à sua extraordinária vitória na 20ª etapa da Volta a Itália, no Colle delle Finestre, uma subida mítica onde o britânico selou o triunfo na geral e protagonizou uma das reviravoltas mais emocionantes da temporada.
O terceiro posto, com 100 votos, foi para Wout van Aert, pelo seu ataque fulminante na etapa final da Volta a França, que naquele ano terminou de forma inédita em Montmartre.
O belga despediu-se da prova com uma demonstração de força e orgulho, conquistando o público e transformando os Campos Elísios numa lembrança distante.
Um ano de domínio e uma prova que o definiu
De Monumento em Monumento, das fugas solitárias às batalhas nas montanhas, 2025 foi uma temporada de luxo.
Mas, aos olhos dos fãs, nenhuma imagem capturou tão bem o espírito do ciclismo como Pogacar a subir as colinas de Kigali, sozinho, impiedoso e sereno.
Foi a definição perfeita daquilo que o esloveno representa: ambição, classe e uma vontade incessante de atacar onde outros hesitam.
Com mais uma distinção somada ao seu impressionante palmarés, Pogacar encerra 2025 como o nome incontestável do ano, um campeão que não só vence, como redefine os limites do que é possível fazer sobre duas rodas.