A UAE Team Emirates - XRG fechou a
Volta a Espanha 2025 com 201 220 euros em
prémios, uma quantia que, apesar de significativa, fica aquém do que a equipa arrecadou noutras Grandes Voltas. O valor distribui-se entre ciclistas e staff, correspondendo a cerca de 22 357 euros por corredor, já com a habitual parcela reservada à estrutura.
Ainda que tenham arrecadado 7 etapas e um 2º lugar na geral, mas foi suficiente para ser a equipa com os bolsos mais cheios. A
Team Visma | Lease a Bike saiu de Madrid com 249 mil euros e a Red Bull - BORA - Hansgrohe com 67 275 euros, valores bem abaixo do que se paga noutros palcos. A título de exemplo, a UAE embolsou 701 mil euros na Volta a França e 279 mil na Volta a Itália.
O segundo lugar de
João Almeida rendeu 85 225 euros, a conquista da montanha por Jay Vine totalizou 46 455 euros e as sete vitórias em etapas da formação reforçaram a conta, mas mesmo assim o balanço financeiro está longe da dimensão dos prémios do Tour.
Prémios monetários - Volta a Espanha 2025
| Pos | Equipa | Prémios, em € |
| 1 | Team Visma | Lease a Bike | 248 880 |
| 2 | UAE Team Emirates - XRG | 201 220 |
| 3 | Red Bull - BORA - Hansgrohe | 67 275 |
| 4 | Lidl-Trek | 60 155 |
| 5 | Q36.5 Pro Cycling Team | 54 920 |
| 6 | Israel - Premier Tech | 52 115 |
| 7 | INEOS Grenadiers | 48 845 |
| 8 | Alpecin - Deceuninck | 47 850 |
| 9 | Movistar Team | 33 230 |
| 10 | Bahrain - Victorious | 29 135 |
| 11 | Groupama - FDJ | 26 810 |
| 12 | Decathlon AG2R La Mondiale Team | 25 790 |
| 13 | Soudal - Quick-Step | 24 570 |
| 14 | Caja Rural - Seguros RGA | 20 170 |
| 15 | XDS Astana Team | 16 365 |
| 16 | Intermarché - Wanty | 11 320 |
| 17 | EF Education - EasyPost | 10 790 |
| 18 | Arkéa - B&B Hotels | 10 565 |
| 19 | Team Picnic PostNL | 8780 |
| 20 | Team Jayco AlUla | 6475 |
| 21 | Lotto | 6150 |
| 22 | Cofidis | 4250 |
| 23 | Burgos Burpellet BH | 1110 |
Subida para sexto no ranking mundial
Apesar de não ter alcançado a camisola vermelha, João Almeida deverá sair de Espanha com um prémio de prestígio: a entrada no top 6 do ranking mundial da UCI.
O português, que partia da 13ª posição, subirá provavelmente para sexto lugar, posição a confirmar oficialmente amanhã quando a União Ciclista Internacional atualizar a tabela com os pontos de todas as provas disputadas.
Na frente, o ranking continuará a ser dominado por Tadej Pogacar, enquanto a vitória de Jonas Vingegaard na Vuelta permitirá ao dinamarquês subir ao segundo posto. Almeida ficará imediatamente atrás de Mads Pedersen, Mathieu van der Poel e Isaac Del Toro, com a desistência na Volta a França a impedir que subisse ainda mais alto.
Giro pode ser o grande objetivo
O desempenho de Almeida surpreendeu até a própria equipa, que pareceu duvidar das qualidades do português ao não lhe dar uma equipa totalmente à sua disposição. "Passou a outra dimensão", admitiu Mauro Gianetti, diretor da UAE Team Emirates - XRG, ao avaliar a progressão do português.
Depois de dois anos consecutivos a disputar Tour e Vuelta, o calendário de 2026 poderá contemplar um regresso à Volta a Itália, a corrida que lançou Almeida ao primeiro plano em 2020 e onde foi terceiro em 2023.
O ciclista português tem hoje qualidade para ambicionar a vitória no Giro, onde poderá ter Jonas Vingegaard novamente como rival, ainda que o seu futuro calendário ainda não foi revelado.
Seja como for, Almeida confirmou em 2025 que está pronto para lutar por um título absoluto de uma grande volta, resta apenas definir onde e quando terá a liderança total da equipa para o concretizar.