“Quero ser mais do que apenas uma sprinter. Preciso desse desafio” – Lorena Wiebes quer afirmar-se nas clássicas

Ciclismo
quarta-feira, 12 novembro 2025 a 16:30
LorenaWiebes (3)
Das 10 corridas mais recentes que Lorena Wiebes iniciou, venceu 9. A campeã da Europa é a ciclista com mais vitórias em 2025, somando homens e mulheres, e “odeia perder”. Palavras da campeã do mundo de Gravel, a sprinter mais dominadora do ciclismo feminino, que quer também tornar-se especialista nas clássicas para continuar a sua evolução como ciclista.
“Já venci tantas vezes que quase parece ter-se tornado normal. Por isso gosto de, na nossa equipa, tirarmos sempre um tempinho após cada vitória para simplesmente nos sentarmos juntos e bebermos alguma coisa”, disse Wiebes à RIDE Magazine. São 25 vitórias profissionais no seu palmarés este ano, sem contar com os triunfos no gravel, incluindo o título diante de Marianne Vos no Campeonato do Mundo, nos Países Baixos. Simac Ladies Tour, campeonatos nacionais dos Países Baixos, Milan-Sanremo, Copenhagen Sprint, Gent-Wevelgem, Classic Brugge-De Panne, Le Samyn… São apenas algumas das corridas que venceu este ano, além de múltiplas etapas nas voltas em que participou, incluindo a Volta a França Feminina. É difícil ter um ano mais bem-sucedido, pelo que irá colocar cada vez mais o foco nas clássicas.
“Quero ser mais do que uma sprinter. Preciso desse desafio. Acho que é isso que me permitirá ter uma carreira mais longa no ciclismo”, acrescentou Wiebes. Foi terceira no Paris-Roubaix Feminino este ano, o que torna muito plausível que o possa conquistar. Mas a mudança vai além de gostar dessas corridas. “Se me concentrasse apenas nos sprints, acabaria por chegar ao meu limite”, acredita. “Embora, claro, queira continuar a ser a sprinter número um. Odeio perder. Este ano correu muito bem, mas para o próximo terei de começar tudo de novo”.
“Às vezes dizem que sprintar não é assim tão difícil. Que é preciso trabalhar muito mais para subir bem. Mas, no fim, também tenho de sobreviver às outras etapas de uma corrida por etapas para poder disputar um sprint. E mesmo no Tour, tenho de passar dois dias nos Alpes se quiser ganhar a camisola verde”, acrescentou a neerlandesa. “Nós, sprinters, treinamos tanto quanto as trepadoras ou as especialistas das Clássicas”.
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