"Remco a dar o exemplo…" - Novos companheiros da Red Bull - BORA entusiasmados por fazer equipa com o campeão olímpico

A Red Bull - BORA - Hansgrohe reforçou-se em força neste inverno com a chegada de Remco Evenepoel. Fez um estágio de team building, passou tempo nos EUA a trabalhar no equipamento aerodinâmico, tirou uns dias de férias e concluiu agora o primeiro estágio coletivo em Maiorca. Alguns dos seus novos colegas partilharam impressões sobre o campeão olímpico, apontado como o novo rosto da equipa.

“Na verdade, tenho partilhado quarto com ele, por isso já o fui conhecendo um pouco, e é um tipo porreiro, boa pessoa”, declarou Jai Hindley ao Cyclingnews. Os dois não deverão alinhar juntos muitas vezes este ano, talvez na Volta à Comunidade Valenciana ou na Volta à Catalunha como primeira saída conjunta, mas o australiano, antigo vencedor da Volta a Itália, está entusiasmado com o novo colega.

“Ele também é bastante aberto e está a integrar-se muito bem na equipa. Acho que a exposição mediática para a equipa é enorme. É um dos melhores do mundo e super popular, por isso, claro, isso traz muita presença mediática e muitos velhos conhecidos a filmarem-te a preparar no autocarro ou o que seja, é meio aleatório, não é?”

Aos 29 anos, é certo que perde alguma influência na estrutura alemã, mas isso não deverá ser problema: terá estatuto de líder na Volta a Itália ao lado de Giulio Pellizzari. O duo brilhou na última Volta a Espanha e quer subir mais um patamar na próxima Corsa Rosa.

“Agora temos o Remco, é algo que também me entusiasma, construir uma relação com ele e correr com ele o máximo possível”, afirma Finn Fisher-Black. O neozelandês acredita que, como defendeu Zak Dempster, a presença dele pode elevar o nível de toda a equipa.

“Acredito muito que ter pessoas a ganhar à tua volta eleva toda a equipa, e penso que o Remco, liderando pelo exemplo e mostrando que podemos vencer estas corridas como bloco, pode ter um efeito em todos e em todos os níveis”, explica. “Acho que isso vai puxar a equipa para cima e, quando a bola começar a rolar, talvez em corridas mais pequenas, começas a ver os que menos se ouvem a ganhar também, porque estão num ambiente vencedor, e isso pode ser muito valioso para uma equipa como esta”.

O calendário de Fisher-Black ainda não é conhecido, mas é provável que os dois se juntem nas Ardenas, com Evenepoel a apontar às três clássicas e Fisher-Black especializado nesse terreno. Depois de ter sido apoio de Tadej Pogacar, volta a alinhar com um dos melhores do mundo.

“Tenho os meus próprios objetivos na época, mas também gosto muito de ajudar um grande líder como ele, tal como fiz com o Tadej no passado. Quanto às Grandes Voltas, ainda não há certezas, mas integrar a equipa do Tour seria o meu objetivo”, admite. “É para isso que apontaria. Mas, como sabes, a convocatória, como sempre, só se sabe mesmo em cima da hora”.