"Remco é um dos melhores ciclistas do mundo. Teremos uma das melhores equipas" - Florian Lipowitz entusiasmado com o futuro da Red Bull

Ciclismo
sexta-feira, 22 agosto 2025 a 13:00
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A ascensão de Florian Lipowitz foi uma das histórias mais marcantes da Volta a França 2025: na sua estreia, o alemão garantiu um lugar no pódio em Paris e conquistou a camisola branca. Um feito que mudou por completo a forma como é visto dentro do pelotão. E, perante a confirmação da transferência de Remco Evenepoel para a Red Bull–BORA–hansgrohe em 2026, Lipowitz mostra entusiasmo em vez de receio pela concorrência.
“Remco é um dos melhores ciclistas do mundo”, afirmou ao VTM Nieuws antes da 3.ª etapa da Volta à Alemanha. “Com o Primoz Roglic também, vamos ter uma das melhores equipas do pelotão. Estou ansioso pelo próximo ano.”

Do Tour à afirmação como líder

O desempenho de Lipowitz na Grand Boucle consolidou o seu estatuto de futuro candidato a vitórias em Grandes Voltas. Terceiro na geral e melhor jovem, mostrou consistência e maturidade ao longo das três semanas. “Foi uma experiência fantástica. É preciso estar concentrado todos os dias, mas terminar no pódio é algo inesquecível. Dá-me confiança para a próxima época”, confessou.
A chegada de Evenepoel aumenta a dimensão do projeto Red Bull: o belga traz uma vitória na Volta a Espanha (2022), Monumentos, títulos olímpicos e uma das melhores capacidades de contrarrelógio do mundo. A combinação de Lipowitz, Evenepoel e Roglic coloca a equipa no lote restrito das que podem desafiar Pogacar e Vingegaard. “Ter ciclistas assim eleva toda a equipa”, sublinhou o jovem alemão. “Treinamos e competimos uns com os outros, e é assim que crescemos.”
Evenepoel vai trocar a Soudal - Quick-Step pela Red Bull - BORA - hansgrohe em 2026
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Três líderes, um só objetivo

Como gerir três potenciais líderes sem criar fricções? John Wakefield, treinador de Lipowitz, desdramatiza. “Há corridas suficientes para manter os dois [Lipowitz e Evenepoel] felizes. O Florian só quer um bom programa e depois faz o seu trabalho. Tanto ele como o Remco são super profissionais, sabem exatamente o que têm de fazer.”
Para Wakefield, a convivência com Roglic já mostrou que Lipowitz sabe lidar com hierarquias. “Na Vuelta do ano passado não houve problemas. O Florian fez o seu trabalho e cumpriu. A este nível, é assim que se funciona. E haverá sempre corridas onde cada um terá as suas próprias oportunidades.”
O próprio Lipowitz confirma essa visão pragmática: “Só quero um bom calendário. Enquanto o tiver, posso concentrar-me nos meus objetivos e nos da equipa. Não importa se outros também estão a disputar vitórias, isso torna-nos mais fortes.”

Olhos postos em 2026

A grande questão agora é perceber como será feita a distribuição da liderança nas Grandes Voltas: quem terá liberdade em cada corrida e como se articulará o trio. Para Wakefield, não há dúvidas de que todos beneficiam: “Quando se juntam corredores deste nível, o patamar da equipa sobe em todas as frentes: ciclistas, staff, estrutura. A presença de Evenepoel só vai elevar o coletivo.”
Lipowitz, com a serenidade que o caracteriza, resume a ambição: “Estou muito entusiasmado com o próximo ano. Vamos ter uma equipa fortíssima e acredito que podemos alcançar grandes feitos juntos.”
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