Enquanto
Remco Evenepoel se afirma na sua segunda
Volta a França com autoridade, somando já uma vitória no contrarrelógio individual e destacando-se como principal favorito à conquista da Camisola Branca, as dúvidas em torno do seu futuro desportivo continuam a fazer manchetes nos bastidores do pelotão. Apesar do contrato em vigor com a
Soudal - Quick-Step, os rumores que o ligam a uma eventual transferência para a Red Bull–BORA–hansgrohe teimam em não desaparecer.
“2026 ainda está muito longe. Obviamente, não posso comentar este tipo de coisas”, respondeu Evenepoel quando confrontado com o tema. “É claro que muita coisa está a acontecer, mas isso tem sido assim há anos.”
A estrela belga tem sido constantemente questionada sobre o seu futuro ao longo desta temporada e demonstra, cada vez mais, algum cansaço perante o ruído mediático. “Leio muitas notícias que, infelizmente, não são verdadeiras”, lamentou. “Tive uma grande conversa com o Jurgen Foré sobre este assunto, porque ele também está preocupado. Falamos sobre tudo e ficou esclarecido. Portanto, essa é a resposta que posso dar.”
A razão por detrás da possível saída é compreensível. Evenepoel não dispõe de uma estrutura comparável à de outros candidatos ao pódio como Tadej Pogacar ou Jonas Vingegaard, e a Soudal - Quick-Step, embora experiente e vitoriosa noutros contextos, não dispõe dos mesmos recursos no apoio à luta pela classificação geral. O ambiente em redor da equipa e os rumores sobre uma possível fusão com outras estruturas no passado recente apenas acentuaram essa sensação de instabilidade.
Talvez a resposta final só chegue depois de julho, quando terminar esta Volta a França. Até lá, Evenepoel continua a fazer o que sabe melhor: correr para ganhar, com a maturidade de quem sabe separar o que se passa dentro da estrada do que circula fora dela.