Remco Evenepoel entra na 10ª etapa da
Volta a França no segundo posto da classificação geral, apenas atrás de
Tadej Pogacar, e encara com mente aberta o primeiro verdadeiro teste de montanha. Embora não seja um perfil decisivo para a luta final pela camisola amarela, a jornada do Dia da Bastilha pode ter influência relevante no desenrolar da corrida.
Esta manhã, o belga mostrou-se otimista, especialmente após o terceiro triunfo da
Soudal - Quick-Step em apenas nove dias. "Mas é verdade que vamos estar a subir pela primeira vez. Será um primeiro dia apenas com as pernas", afirmou Evenepoel em declarações ao Sporza. "Estou a começar com a mente aberta. Tenho de estar preparado para todos os cenários e tácticas. Vai ser um dia importante, mas, sinceramente, não faço ideia do que me espera".
A luta pela geral deverá acentuar-se na subida final ao Mont-Dore, mas a grande dúvida passa por perceber quão movimentada será a etapa, numa jornada longa e com constantes ascensões no Maciço Central. A Team Visma | Lease a Bike poderá voltar a atacar Pogacar, e isso pode ter impacto em toda a classificação. Evenepoel pode não ser o alvo direto desses movimentos, mas não pode descurar qualquer hipótese. "Tenho de estar preparado para tudo e estou pronto para mostrar a melhor versão de mim próprio, mas não creio que o Tour seja ganho hoje".
Para a Soudal Quick-Step, o dia também será um primeiro grande teste à capacidade coletiva da equipa em terreno montanhoso. O abandono de
Mattia Cattaneo, que vinha a desempenhar um papel chave junto de Evenepoel, levanta dúvidas sobre o apoio que o belga poderá ter numa fase mais crítica da etapa.
O diretor desportivo Klaas Lodewyck reconhece a complexidade do dia: "Esta é uma etapa Remco? Podia muito bem ser uma etapa Pogacar. Não nos podemos deixar levar pela emoção. A classificação geral pode ser abalada aqui, mas temos de estar especialmente atentos. Temos de lidar com isto de forma sensata".