Tadej Pogacar sofreu um duro revés na 9ª etapa da
Volta a França 2025 com a perda do seu principal apoio na montanha,
João Almeida. O Português, peça chave da UAE Team Emirates – XRG no apoio ao líder da classificação geral, foi forçado a abandonar devido ás consequências de uma queda violenta sofrida nos derradeiros seis quilómetros da 7ª etapa. Com uma costela fracturada, múltiplas escoriações e problemas numa mão, Almeida completou a 8ª etapa em sofrimento, mas hoje meteu o pé no chão.
"Foi incrível a forma como o João lidou com as lesões nos últimos dias",
afirmou Pogacar após a chegada a Châteauroux. "Se eu estive a sofrer durante toda a etapa de hoje, nem consigo imaginar o que ele sentiu. Tenho o maior respeito por ele e estou profundamente triste por tê-lo perdido."
A ausência de João Almeida terá impacto directo na forma como a UAE gere as etapas decisivas nas montanhas. "Tê-lo a disputar a geral connosco era um luxo. Agora temos de repensar a nossa estratégia para que a sua ausência pese o menos possível. Estava em excelente forma e estou ansioso pela sua recuperação e pelo seu regresso às corridas. E, claro, agora quero vencer esta Volta a França por ele", reforçou o líder da UAE.
Na 9ª etapa, Pogacar esteve constantemente sob pressão da Team Visma | Lease a Bike, que voltou a apostar nos ventos cruzados para tentar criar cortes no grupo dos favoritos. Apesar do calor intenso e da presença incomodativa de Van der Poel na fuga, o esloveno manteve-se atento e defendeu-se bem das movimentações.
"Foi mais duro do que o perfil indicava. O calor tornou tudo mais exigente e o facto de o Mathieu estar na frente também dificultou o controlo do pelotão", comentou Pogacar. "Acabou por ser super difícil para uma etapa plana."
A 10ª etapa levará o pelotão às montanhas pela primeira vez nesta edição da Volta e a UAE terá de lidar com a ausência de Almeida já no primeiro grande teste em terreno inclinado. Pogacar antecipa uma jornada agressiva, no dia da Bastilha, feriado nacional francês.
"Esperamos muito calor e uma etapa difícil. Vai haver uma luta intensa pela fuga, porque é o Dia da Bastilha e todos os franceses vão querer brilhar. Vai ser uma jornada complicada de controlar, mas estaremos atentos às movimentações das equipas rivais", explicou o esloveno. "O percurso não é o mais duro da prova, mas oferece muitas oportunidades, mesmo em termos de classificação geral."