Pódio da Volta à França, camisola branca e uma etapa. A
Soudal - Quick-Step tem todos os motivos para festejar.
Remco Evenepoel fez exatamente o que a equipa esperava que fizesse, perdendo apenas para os dois vencedores das últimas cinco edições do Tour. Para além disso, o colega de equipa Mikel Landa somou um quinto lugar na geral.
"Se, no início do Tour, alguém me dissesse que íamos ganhar uma etapa, que íamos estar no pódio, que íamos ter a camisola branca e, sobretudo, esta popularidade, acho que todos nós teríamos assinado, sobretudo o Patrick", regozijou-se o responsável pelos media, Alessandro Tegner, no
Cyclism'Actu.
E quanto aos persistentes rumores de transferência? "Ele está sob contrato connosco", recordou Tegner. A publicidade do pódio do Tour também ajudou a estabelecer novos contactos comerciais. "Não sei o que vai mudar para o futuro, mas já posso dizer que mudou muito durante o Tour. Já tivemos mais contactos do que o habitual. Todos os dias estivemos no pódio, todos os dias tivemos visibilidade. Penso que trabalhámos bem nesse aspeto. A partir de agora, veremos o que acontece. Mas também eu estou curioso para ver se a popularidade de Remco Evenepoel e da equipa vai aumentar depois disto, e de que forma."
Durante o Tour, Remco provou mesmo que pode lutar por Grandes Voltas. Mas o mais importante, segundo Tegner, é que descobriram que o jovem de 24 anos é um tipo porreiro. "É um ciclista e um tipo extraordinário. Toda a gente diz que ele é o primeiro humano neste Tour e eu acho que é verdade. Fez uma boa corrida, conservadora, e era isso que tinha de ser feito. Do ponto de vista do marketing e dos media, ele geriu bem a situação. Foi ele próprio, esteve sempre disponível. Sai deste Tour não só com um terceiro lugar, mas também com uma popularidade que cresceu consideravelmente ao longo das três semanas. Agora, todos conhecem o carácter e a personalidade de Remco".