Campeão do Mundo, campeão olímpico e agora campeão europeu.
Remco Evenepoel confirmou o seu estatuto de melhor especialista da disciplina ao dominar o contrarrelógio do
Campeonato da Europa, batendo
Filippo Ganna e reforçando a sua supremacia absoluta no exercício individual.
O dinamarquês Niklas Larsen foi o primeiro a dar espetáculo, assinando 7:55 no ponto intermédio inicial, sete segundos mais rápido do que Dylan van Baarle. Manteve o ímpeto e registou 14:16 no segundo parcial, 18 segundos melhor que van Baarle e 20 que Rémi Cavagna, antes de fixar 29:34 na meta. Sem estar na lista de favoritos, a sua exibição valeu-lhe longos minutos no “hot seat”.
Primeiros favoritos sobem a fasquia
Com a saída dos principais candidatos, os tempos começaram a cair. Mads Pedersen abriu em 7:54, um segundo mais rápido que Larsen. Mathias Vacek manteve-se próximo, e logo depois Joshua Tarling impôs 7:51. Mas foi Filippo Ganna a elevar o nível, marcando 7:50 e colocando pressão máxima sobre os restantes.
A resposta de Evenepoel foi demolidora. Procurando completar a tripla Mundial–Olímpico–Europeu, o belga abriu logo 14 segundos sobre Ganna no primeiro ponto intermédio.
Sem rádio, mas com um ritmo perfeito, Evenepoel depressa alcançou Stefan Küng, que partira um minuto antes, consolidando o domínio. No segundo parcial, o camisola arco-íris fixou 15:52, o melhor tempo do dia, deixando claro que a vitória estava ao seu alcance.
Queda de van Baarle e voo final de Ganna
Enquanto Ganna ultrapassava Jakob Söderqvist, Dylan van Baarle sofreu uma queda aparatosa que o obrigou a abandonar. Tarling ainda ameaçou, mas terminou atrás de Larsen, que manteve o sonho de chegar ao pódio até Ganna voar para a meta, batendo o dinamarquês por 25 segundos.
A espera foi curta: Evenepoel chegou pouco depois e confirmou uma vitória sem margem para dúvidas, selando um ano dourado em que junta títulos mundial e europeu de contrarrelógio.
A demonstração em Drôme-Ardèche reforça a imagem de Evenepoel como referência incontestada do contrarrelógio moderno. Mais do que a vitória, foi a forma como a alcançou: potência bruta, consistência nos parciais e uma confiança que o distingue dos rivais.