Romain Bardet dá a entender que 2024 poderá ser a sua última época: "Não quero ser aquele tipo que, lenta mas seguramente, vai descendo na classificação"

2024 marca um ano potencialmente chave na carreira de Romain Bardet. No último ano do seu contrato com a Team DSM-Firmenich PostNL, o francês de 33 anos tem algumas perguntas a fazer antes de decidir se vai continuar.

"Está completamente em aberto. Ainda estou a gostar muito, mas estou agora numa posição e numa certa idade em que tenho de avaliar e ver como evolui", explicou Bardet sobre a situação numa entrevista à GCN a partir do campo de treinos de inverno da sua equipa. "Preciso de ter a certeza de que ainda tenho o que é preciso para estar lá em cima e veremos como isso evolui durante o ano".

Depois de se ter destacado inicialmente na AG2R La Mondiale, Barde está na DSM desde 2021. Embora tenha conquistado a vitória geral na Volta aos Alpes de 2022, desde que mudou de equipa, os dias de desafio do Grand Tour de Bardet não têm estado ao nível dos anos anteriores.

"Tenho confiança na equipa, por isso está em aberto o que vou fazer. Provavelmente decidirei o que fazer antes do Tour, mas, para já, quero concentrar-me na primeira parte da época e no que é preciso para estar fora durante um período tão longo do ano e ver que nível consigo atingir. Na minha cabeça, sei que pode ser o meu último ano, mas também posso continuar, por isso, nesta altura, está tudo muito em aberto", afirma.

No entanto, se este for o seu último ano no pelotão profissional, não esperem ver Bardet como diretor desportivo no futuro. "Para mim, seria importante desempenhar um novo papel e não ser apenas um ex-ciclista profissional", explica. "Dentro ou fora do ciclismo, poderia estudar e fazer algo fora do ciclismo, mesmo que isso signifique começar do zero. Estou ansioso por evoluir. Quando parar, será o maior desafio da minha vida."

"Tenho sido consistente, mesmo que seja mais difícil de ver, porque os primeiros quatro ou cinco lugares são ocupados pelos mesmos tipos, que como sabemos são muito fortes", conclui Bardet. "De resto, estive muitas vezes entre os dez primeiros, mas o Tour não se desenvolveu como esperado. A Vuelta foi fixe, mas tive um desempenho inferior ao esperado esta época. Faltou-me aquele pequeno ingrediente que teria convertido resultados em vitórias."