Tadej Pogacar foi mais uma vez fenomenal na Strade Bianche. Nem uma queda feia conseguiu impedir o esloveno de defender o título nas estradas de sterrato. Isto traz de volta a discussão sobre se Pogacar está apto a lutar pela vitória na derradeira clássica de paralelos - o
Paris-Roubaix. No mínimo, podemos ter a certeza de que não lhe falta "nervo" para suportar o Inferno do Norte.
No podcast Café Koers, Vanmarcke fala sobre as hipóteses do líder da UAE Team Emirates - XRG no Paris-Roubaix. "Se ele correr o Paris-Roubaix, pode chegar ao final. Mas não acredito que ele se vá adaptar logo aos paralelos de lá. É muito diferente de uma Volta à Flandres."
É claro que Pogacar tem um talento inesgotável e também pode andar depressa em terreno plano, reconhece Vanmarcke. "Mas Van der Poel, Van Aert e Pedersen também o podem fazer. Não me parece que ele os possa deixar para trás ou vencer ao sprint. Apesar de ser o melhor ciclista. Eles têm mais potência, enquanto ele tem os watts por quilo. Isso continua a ser uma diferença, porque ele não é melhor do que esses homens fortes em terreno plano".
O analista diz que não espera que a queda na Strade Bianche afete as (possíveis) ambições de Pogacar no Paris-Roubaix. Embora ele vá sofrer com as feridas durante algum tempo. "A coisa mais dolorosa é o duche. Quando esfregar a ferida".
"Já me senti mal algumas vezes, porque as escoriações eram mais dolorosas do que as possíveis fraturas. Há pessoas que não sentem nada, outras quase caem ao chão de dor. Ele não deve ter dormido bem a noite passada".
Além disso, a recuperação custa energia. "O seu fígado não deve digerir o lactato ou outros resíduos agora, mas apenas a recuperação e os danos que sofreu. O meu treinador sempre disse que se deve andar de bicicleta durante alguns dias, mas não se deve acumular fadiga. Caso contrário, o corpo não recupera. Penso que o Tadej vai agora fazer exercício durante alguns dias, mas com muita calma".