Mattias Skjelmose apresenta-se esta tarde na linha de partida da La Flèche Wallonne com o peso – e o privilégio – de quem venceu a Amstel Gold Race no passado domingo. Aos 24 anos, o dinamarquês da Lidl-Trek protagonizou uma das maiores vitórias da carreira ao bater, ao sprint, Tadej Pogacar e Remco Evenepoel. Agora, tenta prolongar o seu momento de forma nas Ardenas.
"Têm sido alguns dias a aceitar tudo", confessou Skjelmose em entrevista pré-corrida. "Havia muitas emoções envolvidas e, ao mesmo tempo, estava a tentar concentrar-me nesta corrida. Tem sido difícil fazer malabarismos com tudo isto."
A pressão, naturalmente, é maior. Mas com ela vem também a confiança, e Skjelmose não está sozinho nas aspirações da Lidl-Trek. A equipa conta também com
Thibau Nys, um dos nomes mais falados nos dias que antecedem a corrida, especialmente depois de Skjelmose o ter descrito como "o único tipo que pode vencer Tadej Pogacar num frente a frente no Mur de Huy".
Curiosamente, o próprio Skjelmose admite que essa atenção mediática sobre o colega de equipa pode ajudá-lo: "Ele já o disse nos meios de comunicação social, por isso vamos trabalhar nesse sentido. Talvez isso jogue a meu favor."
Com um coletivo motivado e a moral em alta, o dinamarquês parte para a Fleche Wallonne com ambição legítima de se tornar num dos poucos a conseguir vitórias consecutivas nas clássicas das Ardenas.