Stefan Küng nunca ganhou uma grande clássica, apesar de ter estado perto várias vezes no passado. O suíço tentou a sua sorte novamente na Omloop Het Nieuwsblad, mas teve que lutar contra a perseguição de um grupo forte e vento contário, vendo goradas as suas hipóteses de sucesso.
"Foi bastante difícil, mas sentimos que o vento de frente estava a bloquear bastante a corrida", comentou Küng no site da equipa. "Esperávamos que a corrida se partisse um pouco mais, mas o vento abrandou as tentativas", acrescentou o diretor desportivo Frédéric Guesdon.
Küng esperou durante muito tempo, mas finalmente arrancou quando faltavam 8 quilómetros para o final. "Sabia que era o momento certo", confidenciou o suíço, "mas estava sozinho e era muito difícil com o vento contrário. Nas longas retas, não foi fácil, mas uma vez nesta situação, não olhei para trás. Puxei, puxei e foi isso".
Apesar de ter conseguido rapidamente assumir uma vantagem de quinze segundos, um grupo de cerca de cinquenta homens formou-se atrás dele. "Foi também aí que o vento contrário fez a diferença, porque depois do Bosberg, muitos ciclistas conseguiram regressar ao pelotão e ajudar na perseguição", disse. "Nestas condições, é difícil lutar. Apesar de tudo, sabia que era a minha melhor oportunidade e dei o meu melhor, apesar de sentir nas pernas que estava no final de uma corrida de duzentos quilómetros".
A cinco quilómetros da meta, Stefan Küng tinha uma vantagem promissora de quinze segundos, mas o grupo que vinha atrás foi suficientemente forte para apanhar o ciclista da Groupama - FDJ, à entrada do último quilómetro. "Infelizmente, a corrida teve um quilómetro a mais. Dei o meu melhor, acreditei e não me arrependo de nada. Acho que fiz uma boa corrida e é assim que quero correr nas Clássicas este ano".
"Estamos a ter um bom começo e deixo a Omloop Het Nieuwsblad confiante", acrescentou Stefan. "Ainda não me sinto a 100%, mas estou onde quero estar." O suíço vai faltar à semi-clássica Kuurne - Brussels - Kuurne para se concentrar nas próximas corridas.