Tadej Pogacar fala das dificuldades que sentiu na subida para Isola 2000: "Quando passei o Carapaz e o Simon estava vazio"

Desde Marco Pantani, em 1998, que nenhum homem conseguiu fazer a dobradinha Giro/ Tour, mas em 2024, Tadej Pogacar parece que irá por fim a esse recorde que perdura à décadas. Depois de um desempenho dominador em Itália, o esloveno está ainda melhor em França.

Na 19ª etapa, o líder da UAE Team Emirates obteve a sua 4ª vitória em etapa da corrida e a 10ª vitória em Grandes Voltas do ano, arrasando Jonas Vingegaard e Remco Evenepoel com um ataque brutal e anulando uma desvantagem de quase três minutos que tinha para Matteo Jorgenson nos últimos 9 km, confirmando assim oficialmente a sua 3ª vitória á Geral na Volta a França.

"Queria ganhar a etapa rainha... mas também posso confirmar que a Cime de Bonette é uma subida aterradora. Nos treinos é uma subida porreira, mas depois podemos saltar o último quilómetro, haha", ri-se um camisola amarela bem disposto na sua entrevista após a etapa, salientando o seu vasto conhecimento da subida. "Estamos aqui há um mês. Também é um período difícil, com poucos dias de corrida fáceis. Durante o nosso campo de treinos em altitude, já tínhamos discutido como nos íamos comportar nesta etapa e foi exatamente isso que aconteceu. Até ao momento do meu ataque. 100 por cento perfeito!"

Tadej Pogacar fala das dificuldades que sentiu na subida para Isola 2000: "Quando passei o Carapaz e o Simon estava vazio"
Pogacar ataca rumo à meta em Isola 2000

Depois de ter deixado os seus rivais da geral para trás a cerca de 9 km do fim, Pogacar começou a abrir caminho através dos restantes homens da fuga do dia. Apesar de parecer relativamente fácil na televisão, o esloveno insiste que estava a sentir cada pedalada. "Estava vazio nos últimos dois quilómetros. Quando ultrapassei o Richard Carapaz e o Simon Yates, já estava no limite", confessa. "Mas vi que o Matteo também estava a perder tempo, por isso fui em frente e ultrapassei o meu limite. Ao fazê-lo, também dei cabo das minhas próprias pernas, mas tiro o chapéu ao Matteo. Ele esteve muito bem, tal como os outros homens que atacaram."

"Parece melhor do que nunca. É uma grande vantagem, por isso sábado tenho todo o tempo do mundo para desfrutar da etapa. Vamos fazer uma pausa amanhã e aproveitar as estradas onde costumo treinar. Depois espero que não aconteça nenhum contratempo", conclui, agora com mais de cinco minutos de vantagem sobre Vingegaard. "Encontrei um bom equilíbrio. No ano passado foram duas vitórias em etapas, este ano são quatro!"

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