Tadej Pogacar resistiu ao último teste alpino e tem a sua quarta vitória na
Volta a França praticamente garantida. O líder da
UAE Team Emirates - XRG teve mais um desempenho sólido na montanha, mesmo optando por uma abordagem pouco habitual na subida final para La Plagne, onde acabou por não disputar a vitória de etapa nos derradeiros quilómetros.
Após ter travado os ataques de Jonas Vingegaard na etapa 18, Pogacar entrou confiante nesta 19ª jornada e não encontrou resistência significativa por parte da Visma. A sua equipa controlou o curto percurso de 93 quilómetros sem sobressaltos, até à longa e chuvosa ascensão final de 19 quilómetros.
“Estávamos a andar muito bem até à última subida, mas há ciclistas que pensam que podem fazer um sprint de 19 quilómetros naquela subida”, comentou Pogacar, num tom algo irónico após a etapa.
A 14 quilómetros da meta, Pogacar ensaiou um ataque, mas não conseguiu distanciar Vingegaard. Pouco depois, optou por deixar Thymen Arensman escapar rumo à vitória. O holandês, vencedor da 14ª etapa, é um ciclista com quem Pogacar mantém uma boa amizade, e essa ligação ajudou a moldar a decisão do camisola amarela.
“O Arensman atacou num bom momento e eu decidi não o seguir. Mantive o meu ritmo, por razões defensivas. Sentia-me confortável. Agora estou especialmente feliz por ter acabado. Ainda faltam dois dias para Paris.”
Sem pressão por parte de Vingegaard, que se limitou a seguir-lhe a roda, Pogacar liderou boa parte da subida final num ritmo controlado e acabou por cruzar a meta lado a lado com Florian Lipowitz. Ainda assim, o desgaste acumulado foi notório.
“Tive de fazer toda a subida na frente, pelo que terminei bastante cansado. Tive três dias difíceis e estou contente por o fim de semana difícil estar a chegar”, admitiu o esloveno. “Isto é a Volta a França e temos de nos concentrar durante mais dois dias.”