A Volta à Flandres de 2025 promete ser uma das edições mais épicas da história recente, e isso deve-se, em grande parte, ao duelo aguardado entre dois dos maiores nomes do ciclismo contemporâneo: o campeão em título Mathieu van der Poel e o vencedor de 2023, Tadej Pogacar.
Ambos chegam à corrida no auge da sua forma, com uma combinação de talento, agressividade e historial de confrontos lendários em clássicas. Embora esta não seja, de todo, uma corrida de dois nomes, é impossível ignorar que Van der Poel e Pogacar estão, neste momento, num nível superior ao resto do pelotão.
Van der Poel já deu o primeiro golpe em 2025 com uma vitória impressionante na Milan-Sanremo. Pogacar não conseguiu descolar o holandês no Poggio, e Van der Poel venceu o primeiro monumento da temporada pela segunda vez, talvez ganhando também uma vantagem psicológica sobre o esloveno.
Contudo, olhando para os dados globais, Pogacar tem levado a melhor na maioria dos confrontos diretos desde 2019: em 93 corridas em que alinharam juntos, Pogacar terminou à frente em 65 delas. Esta estatística é ligeiramente enviesada pelo número de provas por etapas e Grandes Voltas – terreno mais favorável ao esloveno. Nas Clássicas da primavera, Van der Poel é o maior obstáculo.
Ambos somam sete vitórias em Monumentos, tendo protagonizado verdadeiras batalhas ao longo dos últimos anos. Na Volta à Flandres, a balança está equilibrada:
Este ano, com ambos saudáveis e focados, a Flandres será o palco do desempate.
Van der Poel é explosivo e exímio em finais curtos e planos. Pogacar brilha nas subidas e tenta sempre evitar o sprint com ataques letais. Em 2025, o esloveno tentará repetir o ataque do Kwaremont-Paterberg, enquanto Van der Poel confiará na sua força e posicionamento para sobreviver e lançar o sprint.
Esta rivalidade está a moldar a primavera ciclística. Van der Poel vs Pogacar é hoje a batalha mais equilibrada e emocionante do ciclismo de um dia. E com ambos empatados em Monumentos, a Volta à Flandres poderá decidir quem assume a dianteira histórica.
Será que Pogacar volta a triunfar em solitário? Ou será que Van der Poel escreve o seu nome pela quarta vez na história da Flandres e reforça o seu trono como rei das clássicas?
Vamos descobrir este domingo.