"Tem sido ofuscado pelo fenómeno que é Tadej Pogacar" Especialista diz que a vitória na 2ª etapa da Vuelta foi um lembrete da qualidade de Jonas Vingegaard

Ciclismo
segunda-feira, 25 agosto 2025 a 14:00
JonasVingegaard
Jonas Vingegaard lembrou ao mundo do ciclismo porque é considerado um dos maiores da atualidade ao vencer a 2ª etapa da Volta a Espanha 2025. O antigo bicampeão da Volta a França bateu Giulio Ciccone num final fotográfico em Limone, conquistando a sua primeira vitória da temporada no World Tour e assumindo a camisola vermelha de líder. Para Matt Stephens, da TNT Sports, o momento não podia ter surgido em melhor altura.
"Acho que ele fez a corrida perfeita", afirmou Stephens no rescaldo. "Como já passou tanto tempo, é muito importante para o seu moral e a sua crença".
Depois de um Tour em que terminou no 2º lugar, atrás de Tadej Pogacar, esta vitória foi mais do que uma simples etapa: foi uma afirmação clara de que Vingegaard está em Espanha para lutar pela vitória final. Stephens sublinhou esse ponto: "Este rapaz ganhou a Volta a França duas vezes, mas nos últimos anos tem sido ofuscado pelo fenómeno que é Tadej Pogacar. Esta é uma lembrança oportuna e importante de quem ele é".
A jornada decorreu com tranquilidade até à última hora de corrida, quando a chuva e uma queda coletiva numa rotunda lançaram o caos no pelotão. Entre os envolvidos estiveram 6 ciclistas da Visma | Lease a Bike, incluindo o próprio Vingegaard. Mas o dinamarquês recuperou rapidamente, regressou ao grupo da frente e manteve-se em posição para disputar a vitória na subida final para Limone.
Vingegaard assumiu também a camisola vermelha
Vingegaard assumiu também a camisola vermelha
Durante a maior parte da ascensão, a inclinação suave manteve o grupo compacto. Mas os últimos dois quilómetros transformaram-se num terreno explosivo, onde Felix Gall, Marc Soler e Giulio Ciccone testaram as pernas dos favoritos. No momento decisivo, foi Vingegaard quem encontrou forças adicionais para ultrapassar Ciccone nos metros finais, aproveitando um erro do italiano.
"Havia tanta coisa nos últimos metros", comentou Stephens. "Parecia mesmo que ia ser Giulio Ciccone a emergir por entre o nevoeiro. Aquela pequena olhadela por cima do ombro pode ter-lhe custado a vitória".

Um soco no ar como libertação

Mais do que a vitória, o gesto catártico de Vingegaard após a meta revelou o significado do momento. Com o punho cerrado no ar e rodeado pelos companheiros de equipa em êxtase, o dinamarquês mostrou que não está apenas a correr para defender estatuto, mas para marcar a Vuelta desde o primeiro teste de montanha.
Stephens reforçou a importância simbólica da conquista: "Que vitória brilhante, fantástica. Sabem como é o Jonas, ele nunca desiste... O Jonas deu um murro catártico no ar e os seus companheiros ficaram encantados. Que maneira de começar esta corrida como o grande favorito".
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