A contagem decrescente para a Volta a Espanha 2025 está prestes a terminar e, se há um nome que domina as conversas em torno da luta pela Camisola Vermelha é o de
Jonas Vingegaard.
A Team Visma | Lease a Bike apresenta-se na corrida com o norte-americano Sepp Kuss, vencedor da edição de 2023, mas não esconde que o seu líder designado é o bicampeão da Volta a França, agora de 28 anos, que tem pela frente três semanas para confirmar o favoritismo.
“Sabemos como ganhar Grandes Voltas e é evidente que, com o Jonas e uma equipa sólida a apoiá-lo, estamos na linha de partida para vencer a Vuelta. Não vai ser simples, mas a nossa ambição é claramente conquistar a corrida”, sublinhou
Grischa Niermann, diretor desportivo da equipa neerlandesa, em conferência de imprensa antes da partida.
Os maiores rivais? João Almeida e Juan Ayuso
Com a confiança habitual, Niermann manteve o discurso reservado quanto aos planos de corrida. “Temos uma visão clara de como vamos vencer a Vuelta, mas, como é normal, não vou revelar a nossa estratégia. O percurso apresenta dez chegadas em alto, a primeira logo no segundo dia e a última no penúltimo. É essencial estar em boa condição física do início ao fim. Os momentos decisivos ficarão mais claros ao longo das três semanas.”
Na ausência de Tadej Pogacar, Vingegaard perfila-se como o grande candidato ao triunfo. Ainda assim, os principais rivais deverão surgir da UAE Team Emirates - XRG, com
João Almeida e Juan Ayuso à cabeça. Para Niermann, isso não é motivo de preocupação: “Começamos todos do zero. Tanto o João como o Juan têm qualidades para ganhar uma Grande Volta, mas acreditamos que somos mais fortes e que conseguiremos batê-los.”
A importância de um bloco forte
Um dos pontos a ter em conta na primeira semana será o contrarrelógio por equipas com 24 quilómetros de extensão, marcado para o quinto dia, após quatro etapas de transição. Embora não seja decisivo, poderá mexer na classificação geral e dar vantagem a equipas com os blocos mais fortes. Com roladores de topo como Victor Campenaerts, Matteo Jorgenson e Dylan van Baarle no alinhamento, a Visma deverá atacar para ganhar segundos preciosos em vez de se limitar a controlar.
“O contrarrelógio por equipas é uma disciplina espetacular. Já vencemos na Paris-Nice este ano e seria fantástico voltar a lutar pela vitória. No entanto, olhando para a startlist, não me parece que sejamos os maiores favoritos. Além disso, creio que as diferenças neste percurso rápido e plano não serão muito significativas”, concluiu Niermann.