Pauline Ferrand-Prévot inscreveu o seu nome na história em 2025 ao conquistar a Paris-Roubaix e a
Volta a França Feminina no mesmo ano, precisamente quando voltou a dedicar-se ao ciclismo de estrada a tempo inteiro. A ciclista da
Team Visma | Lease a Bike viveu meses de enorme sucesso, mas também de polémicas, já que o seu peso se tornou alvo de comentários constantes. Agora, a campeã francesa decidiu responder diretamente ao tema.
Em entrevista ao Sporza após o Tour, Ferrand-Prévot explicou o processo que levou à perda de peso. "Perdi peso apenas para esta corrida. Fi-lo com muita ajuda da equipa. A minha perda de peso foi um pouco controlada e inteligente. Não foi uma doença. Houve muito alarido em relação a isso, mas não levo isso a peito", afirmou.
Ainda assim, o debate em torno da sua forma física não desapareceu e, nas últimas semanas, o nome da ciclista de 33 anos continuou a ser usado como exemplo nos meios de comunicação e nas redes sociais, algo que claramente não a agrada.
Resposta clara nas redes sociais
A francesa utilizou recentemente o Instagram para deixar uma mensagem direta a quem insiste no tema. "E se parássemos com isto? Pessoal, tenho 33 anos. Sei o que estou a fazer", escreveu. "E para quem me seguia, sempre tive o hábito de postar o que como de forma bastante intuitiva. Mas admito que, desde esta 'polémica', estou a pensar duas vezes antes de o fazer, e isso não está certo".
A sua publicação rapidamente gerou apoio entre adeptos e colegas de pelotão, que reconheceram a pressão injusta a que a campeã tem estado sujeita desde a vitória em França.
Ninguém conseguiu aproximar-se de Ferrand-Prevot na Volta a França Feminina
Solidariedade no pelotão
Wout Poels foi uma das vozes que saiu em defesa da ciclista. O neerlandês lembrou que este tipo de escrutínio não acontece com a mesma intensidade no ciclismo masculino. "Achei uma pena que tenha surgido todo aquele alarido sobre o peso dela. De facto, achei escandaloso o que foi dito. Sobre as pessoas que achavam que ela era saudável ou não. Achei que eram uns falhados", disse Poels.