Depois de ter sido anunciado que os organizadores da Paris-Roubaix iriam acrescentar uma controversa chicane à entrada da Trouée d'Arenberg, seguindo o conselho do sindicato dos ciclistas CPA, gerou-se um debate na Internet sobre se a chicane iria realmente atingir o seu objetivo de evitar acidentes, abrandando a entrada no famoso sector empedrado.
Muitos argumentaram que a própria chicane causaria acidentes e criaria uma batalha ainda maior pelo posicionamento antes de o pelotão chegar ao empedrado, enquanto outros disseram que seria melhor cair no asfalto do que nas pedras ásperas, citando o facto de os próprios ciclistas terem pedido esta mudança através do CPA.
Em entrevista ao Sporza, o diretor da prova, Thierry Gouvenou, sublinhou o facto de se tratar de uma alteração temporária do percurso e de se procurarem melhores soluções para os anos seguintes, uma vez que, segundo ele, "devido ao tempo limitado, não podíamos fazer muito. Por isso, esta é uma intervenção temporária que podemos melhorar. Sabemos qual é a melhor solução, mas isso requer obras na estrada e não se pode fazer isso em três ou quatro dias".
Em resposta às alegações de que esta alteração poderia causar mais acidentes, Gouvenou afirmou que "a curva é muito perpendicular e haverão travagens bruscas. Os últimos ciclistas correm o risco de cair ou de colocar o pé no chão. Mas foi decidido que é preferível ser assim do que acontecer algo do género a alta velocidade em cima de pedras".