Thymen Arensman chega ao Giro em crescendo e reforça ambições da INEOS Grenadiers

Ciclismo
segunda-feira, 05 maio 2025 a 10:00
arensman
Faltam apenas quatro dias para o arranque da Volta à Itália de 2025, a 9 de maio, e todas as atenções estão viradas para os principais candidatos à camisola rosa. Na INEOS Grenadiers, Thymen Arensman perfila-se como uma das peças-chave, repartindo a liderança da equipa com Egan Bernal, vencedor da Corsa Rosa em 2021.
O neerlandês de 25 anos chega com confiança reforçada, depois de terminar em segundo lugar na classificação geral da Volta aos Alpes e vencer com autoridade a etapa 4, numa impressionante exibição a solo. Arensman, que foi sexto na geral nas duas últimas edições do Giro, apresenta-se agora com estatuto reforçado e ambições legítimas de lutar por um lugar no pódio.
Em declarações à Wielerflits, o diretor desportivo Imanol Erviti destacou a evolução contínua do corredor e o crescente protagonismo que tem vindo a assumir dentro da estrutura britânica. “O Thymen é um ciclista muito talentoso e é ótimo trabalhar com ele. Está sempre a crescer e a aprender, e isso nota-se corrida após corrida. Como chefe de equipa, é motivador acompanhar esse processo.”
Erviti, que conhece bem as exigências de um Grand Tour, sublinhou a importância do equilíbrio entre forma física e maturidade mental para se assumir verdadeiramente o papel de líder. “Ele tem potencial para liderar numa Grande Volta, mas esse é um passo exigente. Há muita responsabilidade em cima de quem assume esse papel, e é preciso estar preparado não só fisicamente, mas também psicologicamente.”
Apesar de ser uma presença mais discreta no pelotão, o espanhol garante que Arensman sabe quando deve assumir a liderança. “Ele dá o passo em frente quando é necessário, tanto na corrida como no dia a dia da equipa, dentro do autocarro. Está cada vez mais confortável nesse papel.”
Arensman é também um corredor particularmente completo, capaz de fazer a diferença em vários terrenos. “É consistente e muito forte no contrarrelógio, o que pode ser decisivo face aos trepadores mais puros. A sua regularidade pode ser uma grande vantagem numa corrida como o Giro.”
A recente Volta aos Alpes serviu como mais do que um teste competitivo. Foi uma etapa fundamental no afinar da preparação. “Foi uma corrida exigente, como esperávamos. Sabíamos que ele podia ter oscilações, mas era importante superá-las. Isso exige força mental. O que vimos foi um sinal muito positivo para a Volta à Itália.”
Sem Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard ou Remco Evenepoel na partida, a luta pela geral promete ser mais aberta do que em outras Grandes Voltas recentes. Primoz Roglic, Juan Ayuso e Richard Carapaz surgem como os principais favoritos, mas a INEOS poderá ter aqui uma oportunidade estratégica para voltar aos lugares cimeiros, algo que não acontece desde o triunfo de Bernal, há quatro anos.
“A corrida começa do zero para todos. O importante é continuar a evoluir até ao início da prova. Estamos bem encaminhados”, resumiu Erviti.
A INEOS não falha o pódio da Corsa Rosa desde 2019, ano em que Carapaz venceu com as cores da então Team Ineos. Desde então, a estrutura britânica tem estado presente nos momentos decisivos, mas sem voltar a conquistar uma Grande Volta. Em 2025, o Giro poderá marcar o regresso à ribalta?
aplausos 0visitantes 0
Escreva um comentário

Últimas notícias

Notícias populares

Últimos Comentarios