A Amstel Gold Race 2025 ficará na memória como uma das mais emocionantes dos últimos anos. Com Mattias Skjelmose a surpreender Tadej Pogacar e Remco Evenepoel ao sprint, a corrida teve de tudo: ataques de longe, quedas, perseguições e um desfecho imprevisível. Para a Team Visma | Lease a Bike, o pódio escapou novamente, mas Tiesj Benoot e Wout van Aert garantiram dois lugares no top 10, com Benoot a terminar em 8.º lugar.
“Não estava com as melhores pernas, mas talvez isso também se devesse ao facto da UAE Team Emirates - XRG estar a fazer a corrida muito difícil”, explicou Benoot após a meta.
“Senti-me um pouco mais forte do que na sexta-feira na Brabantse Pijl, o que me deixa contente.”
O belga reconheceu que o grupo perseguidor onde seguia, com Van Aert e outros nomes fortes, estava relativamente equilibrado, até que Skjelmose atacou no topo do Keutenberg, com Evenepoel a segui-lo pouco depois.
“Talvez tenhamos cometido um erro ao não reagir imediatamente, mas eu e o Wout estávamos um pouco mais atrás no grupo”, analisou.
“Depois, matámo-nos uns aos outros pelo 4.º lugar.”
Benoot sublinhou que, apesar da força coletiva, a falta de coordenação nos quilómetros finais impediu o grupo de lutar por algo mais.
“Havia um vento forte de frente no final e muitos homens fortes connosco, mas a nossa cooperação já não era muito boa. O Remco e o Skjelmose foram a todo o gás para o apanhar e tenho a certeza de que foi bom para as pessoas que viram pela televisão.”
No final, Pogacar foi alcançado a 8 km da meta e a vitória decidiu-se num sprint a três. Skjelmose levou a melhor, enquanto a Visma, mais uma vez, ficou de fora da luta pela vitória.
“É surpreendente que o Pogacar não tenha vencido, mas os tipos que o apanharam tinham uma vantagem mental. E num sprint com vento de frente, é sempre um pouco complicado”, concluiu Benoot.