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UAE Team Emirates preparou a sua Volta a França em torno de Tadej Pogacar - isso é claro. Mas o alinhamento de 8 homens está repleto de ciclistas que se podem tornar líderes no caso de uma reviravolta inesperada.
Juan Ayuso é um desses '
líderes-sombra'. O espanhol tem, sem dúvida, o que é necessário para apontar para um pódio na Grande Boucle.
Mas antes disso, há o Critérium du Dauphiné para Ayuso, a sua única oportunidade de mostrar à equipa que não seria sensato deixá-lo ficar muito cedo de fora da classificação geral. Afinal, a equipa pode dar-se ao luxo de jogar a carta de dois líderes com um poder de fogo nunca antes visto nas montanhas - uma lista que inclui terceiros lugares no Giro (João Almeida), no Tour de 2023(Adam Yates) e na Vuelta de 2022 (Juan Ayuso). Para além deles
Pavel Sivakov e
Marc Soler também são trepadores formidáveis.
O objetivo de Ayuso no Dauphiné é claro - vencer a classificação geral. "A nossa ambição é ganhar a classificação final com Ayuso",
Tim Wellens não esconde as ambições da UAE Team Emirates em conversa com o Het Nieuwsblad. "Penso que o espanhol tem grandes hipóteses, por isso vou tentar ajudá-lo o mais possível".
Mas Wellens reconhece que não vai ser um passeio no parque contra adversários como Primoz Roglic, Remco Evenepoel ou o compatriota de Ayuso, Carlos Rodríguez. "Embora tanto o
percurso como a
competição estejam a revelar-se muito difíceis este ano," Wellens está pronto para o desafio. "O Dauphiné é, de facto, uma mini Volta a França, mas sem etapas planas. Estou satisfeito por podermos começar com um objetivo claro em mente."
"Falei recentemente sobre isso com o Pavel Sivakov na Serra Nevada. Ele falou sobre o seu tempo na INEOS Grenadiers e como é bom correr para uma equipa que quer ganhar sempre e em todo o lado. Corre-se na frente com toda a equipa, o que torna as corridas mais seguras e mais agradáveis. Impõe-se respeito e, por conseguinte, também a nossa própria felicidade".